Neste sábado (23), em Lisboa, quando Anitta subir no Palco Mundo do Rock in Rio, o festival finalmente vai pagar a “dívida” contraída com a cantora, que ficou de fora da edição do ano passado, no Rio de Janeiro.
Para quem não se lembra, tudo começou quando Lady Gaga, que era a principal atração do primeiro dia do Rock in Rio no Brasil, cancelar na véspera a sua apresentação, alegando problemas de saúde.
Sabemos que imprevistos acontecem, mas o problema foi que o Rock in Rio não levou em consideração que os fãs de Lady Gaga não eram, necessariamente, os mesmos fãs de Maroon 5, escalado para substituí-la. Para o público, a expectativa era de que no lugar da americana fosse escolhida uma popstar à altura e não a banda de Adam Levine. Da porta do hotel de Gaga em Ipanema, aos tuítes mais exaltados na internet, os gritos eram de “Anita sim! Maroon 5 não!”
Na época, infelizmente, o Rock in Rio não ouviu a tempo os apelos dos fãs e a polêmica só cresceu. O ápice ocorreu quando a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina, deu uma declaração ao UOL em que afirmava sobre Anitta que "Ninguém sobe neste Palco Mundo sem estar preparado, é muita pressão. Tem toda uma questão técnica, não dá para entrar de um dia para o outro".
Mas a história não acabou aí. Pabllo Vittar, que estava começando a despontar no cenário nacional após participar do clipe “Sua Cara”, fez um pocket show de surpresa no festival, em um palco fora da programação oficial e arrastou a tal multidão que pedia por Anitta. Logo depois, Pabllo subiu no cobiçado Palco Mundo, também de surpresa, como convidada especial da cantora Fergie, cantou “Sua Cara” e dedicou o hit à amiga. Foi aquela catarse coletiva.
A organização do Rock in Rio só agiu em dezembro, quando anunciou que tinha convidado Anitta para se apresentar em Lisboa em 2018 e no Brasil em 2019. O que nos traz ao dia de hoje.