Foto Ahmad Jarrah
Airton Marques – Da Reportagem / Ulisses Lalio – Da Redação
O ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) acabou de ser soltou do Centro de Custódia da Capital (CCC). A magistrada da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, assinou o pedido de hábeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou a prisão preventiva de José Riva. Um oficial de justiça encaminhou a decisão para o sistema penitenciário da Capital, onde Riva se encontrava.
Riva foi preso nesta quarta-feira (1) pela manhã, suspeito de participar de um esquema que teria desviado R$ 10 milhões da Assembleia Legislativa nos anos de 2013 e 2014 e descoberta pela Operação Ventríloquo, deflagrada pela Policia Civil e Ministério Público.
O político não quis falar sobre a decisão da Juíza Sema Arruda, em lhe prender na Operação Ventriloquo. "Acredito na justiça e agora vou aproveitar para ficar com a minha família, minha neta. Tenho uma base familiar muito forte e vou ficar com eles", falou ao deixar a prisão. Alem disso, Riva disse que não teme voltar para a prisão pois "crê na justiça divina".
Calmo o ex-deputado deixou o Centro de Custódia promentendo aos jornalistas uma entrevista coletiva, para tratar dos assuntos pertinetes as suas prisões.
Terceira Prisão
Na manhã de hoje o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) composto por membros do Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil prenderam o ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) por suposto esquema que teria desviado R$ 10 milhões dos cofres públicos. O ex-palamentar é suspeito de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A Operação Ventríloquo investiga a existência de fraude em um contrato da Assembleia Legislativa de Mato Grosso com o antigo Banco Bamerindus, hoje HSBC, no valor de aproximadamente R$ 10 milhões. Trata-se de uma dívida antiga, que estava judicializada pelo HSBC contra a Assembleia, há vários anos. O banco já havia ganho nas instâncias primárias e superiores.
O processo de execução da dívida, em torno de R$ 11 milhões, se referia a serviços previdenciários e de assistência à saúde corporativa dos funcionários do órgão.Porém, mesmo ganhando em todas as instâncias, no ano passado, a Assembleia, presidida por Riva, teria firmado um acordo extrajudicial com o banco, por meio do advogado Joaquim Miele, que estava constituído nos autos, mas não era mais contratado do HSBC.
À revelia da direção do banco, Miele firmou o acordo extrajudicial. O contrato de acordo, todavia, foi assinado pelos deputados Romoaldo Júnior e Mauro Savi, à época, presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
A dívida que era de R$ 11 milhões, acabou sendo paga administrativamente pela Assembleia ao advogado Joaquim Miele. O esquema acabou sendo descoberto pela diretoria do Banco HSBC, que imediatamente denunciou o caso ao Ministério Público Estadual (MPE).
Última atualização as 18h00.
STF decide a favor de José Riva e revoga sua prisão
Delação de Romoaldo e Savi podem ter motivado prisão de Riva