Preso desde o dia 9 de maio, o advogado Pedro Jorge Zamar Taques impetrou um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para conseguir a liberdade. O jurista é réu na Operação Bereré, que investiga o desvio de apoximadamente R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Transito (Detran) de Mato Grosso. A ação foi protocalada no final da tarde desta quarta (6).
O advogado é primo do governador Pedro Taques e irmão do também advogado Paulo Taques, que foi secretário-chefe da casa civil nos primeiros anos de mandato do parente. Paulo também é réu na Bereré. Os dois estão presos preventivamente há quase um mês no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
O habeas corpus veio quase duas semanas depois que um pedido semelhante foi negado no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT). Na ocasião, o desembargador José Zuquim Nogueira reiterou que o réu representa um risco a ordem pública, caso seja solto. O magistrado é o relator dos processos referentes a Bereré na instância judiciária mato-grossense.
Já no STJ, o caso está sob a relatoria da ministra Maria Thereza de Assis Moura. Segundo o despacho mais recente, o processo já está concluso para a sua decisão. A magistrada já havia negado os pedidos de três outros réus que também fazem companhia a Pedro Taques no CCC – Roque Anildo, José Kobori e seu próprio irmão.
Pedro é investigado por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no contrato firmado entre a EIG Mercados e o Detran. No caso, ele é apontado como o elo entre o irmão Paulo no governo e as empresas. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), os valores repassados a EIG Mecados Ltda. retornavam como pagamento de propinas a políticos, agentes públicos e empresários.
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