Em transmissão ao vivo na TV, qualquer erro de comunicação pode resultar em gafe. Foi o que aconteceu no sábado (27), durante o Jornal da GloboNews – Edição das 18h.
A apresentadora Carla Lopes, na bancada do estúdio no Rio, solicitou que a repórter Fernanda Galvão, no link de Brasília, informasse o que os candidatos à Presidência haviam feito ao longo do dia.
Em 25 segundos, a repórter relatou o sábado de Marina Silva, do PSB. Em seguida parou de falar e olhou fixamente para a câmera, sem citar os outros presenciáveis nem interagir com a apresentadora, o que é habitual nesses casos.
Pega de surpresa, a âncora demorou alguns segundos para se manifestar no impulso: “Obrigada e uma boa noite”.
Mas parece ter recebido um aviso pelo ponto eletrônico para retomar contato com Fernanda Galvão: “E os outros candidatos, o que fizeram hoje? Hã… Por favor, Fernanda”.
Com sua imagem exibida no telão, a repórter balançou negativamente a cabeça, sem disfarçar a contrariedade, e em seguida disparou com cara de brava: “Você não me avisou, amor”.
Com olhar perdido, sem entender o que acontecia, Carla Lopes hesitou até tentar explicar a situação aos telespectadores: “Nós tivemos um problema. Tivemos um problema, infelizmente”.
A repórter pode ter dito “Você não me avisou, amor” tanto para se justificar com a apresentadora como em resposta a quem provavelmente a repreendeu por meio do áudio interno, explicando que ela deveria ter informado sobre os outros presidenciáveis, conforme indicava a legenda na tela.
Fernanda Galvão reagiu como se tivesse sido vítima de uma pegadinha no ar. Já Carla Lopes, que tem muita experiência com transmissões ao vivo, acabou traída pela inesperada ironia da repórter. Restou-lhe apenas a cara de paisagem.
“Você não me avisou, amor” tem potencial de se tornar o novo bordão para justificar quase tudo. Nas redes sociais surgiram ‘memes’ com a frase poucos minutos depois da gafe na GloboNews. Viralizou.
Não será surpresa se qualquer dia desses a rainha dos bordões do telejornalismo, Sandra Annenberg, usá-lo com seu colega de bancada, Evaristo Costa, no Jornal Hoje.
É dela o quase insuperável ‘Que deselegante’.
