O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (17) que não conhece detalhes sobre a extensão da reforma ministerial que o presidente Michel Temer negocia com sua base aliada, mas disse acreditar que as novas nomeações devem ajudar na aprovação da reforma da Previdência.
O governo Temer discute uma reforma ministerial. A medida iria atingir 17 ministérios, segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). No entanto, diante das reações negativas de sua base no Congresso, Temer negou os planos fazer uma troca de “17 ministros”, afirmando que fará só as "trocas necessárias".
Aprovação 'é possível' neste ano, diz Meirelles
Nos últimos meses, Meirelles vinha afirmando que a reforma da Previdência seria aprovada ainda neste ano, embora ressaltasse que o Congresso é soberano em relação ao cronograma de votações.
No entanto, o Palácio do Planalto tem encontrato dificuldades para levar a reforma adiante, com ameaças de partidos da base aliada de que só votarão a favor do governo se o presidente promover uma reforma ministerial. Siglas do chamado 'Centrão', por exemplo, querem quatro cadeiras do PSDB para votar reforma da Previdência.
Enviada no ano passado ao Congresso, a reforma já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara, mas, diante da falta de consenso entre o governo e os deputados sobre o texto a ser votado, a proposta ainda patina.
Nesta sexta, Meirelles afirmou ainda que “é possível” aprovar um texto com mudanças nas regras para as aposentadorias ainda neste ano, e reforçou que está negociando com o Congresso.
No início do mês, o ministro disse que o governo deveria apoiar a aprovação, no Congresso, de uma proposta de reforma da Previdência que mantivesse cerca de 50% do texto original.
Desbloqueio de recursos
Meirelles disse que a recuperação na arrecadação de impostos, impulsionada pela retomada da atividade econômica, foi o que permitiu ao governo liberar R$ 7,5 bilhões que estavam bloqueados no Orçamento deste ano.
Uma nova revisão do Orçamento pode ser feita em relação aos dados do último bimestre, mas o resultado só será divulgado em 2018, disse Meirelles.
