A expectativa da empresa é iniciar a construção da fábrica em outubro e a produção a partir do segundo semestre de 2014. O plano já embute a chance de elevar para 50 mil a capacidade produtiva a partir de 2018, disse o vice presidente corporativo da Foton, Orlando Merluzzi.
A unidade vai ser implantada fora da capital do Estado. A empresa negocia com o governo terrenos em Seropédica, na Região Metropolitana, ou em Itatiaia, no médio Paraíba.
A empresa vai ganhar incentivos fiscais como diferimento tributário, cessão de terreno, abatimento de ICMS. Agências do governo também podem ter uma fatia de até 30 por cento na empresa, que pode chegar a 250 milhões de reais em 10 anos. O grupo chinês pretende tomar recursos no BNDES e da Agência de Fomento Rio de Janeiro para viabilizar a construção da fábrica, pois acreditam que o Rio oferece mais empenho para a vinda da montadora.
Na primeira fase do projeto, a fábrica produzirá caminhões de 3,5 a 10 toneladas. Mas os executivos chineses já pensam em produzir veículos mais pesados a partir de 2018. Segundo Merluzzi, a fábrica estava prevista para 2018, mas a decisão foi antecipada devido ao programa Inovar Auto, do governo federal, para atrair montadoras globais. A Foton pretende nos próximos dois anos abrir 90 concessionárias no país. Até lá, a chinesa poderá importar cinco mil caminhões para atender o mercado interno. Os chineses prometem ter um índice de nacionalização dos caminhões de 15 por cento e chegar a 65 por cento depois de dois anos. Executivos da companhia evitaram falar em metas de participação de mercado, preferindo frisar o tamanho do mercado brasileiro.
A unidade fluminense da Foton vai ser construída para atender também o mercado sul americano. A Foton se apresenta como a maior montadora de caminhões da China com produção média de 750 mil unidades, mas em 2010 superou a marca de um milhão. Além da Foton, a japonesa Nissan já anunciou que vai se instalar no Estado em 2015 com uma unidade capaz de produzir cerca de 200 mil veículos ao ano. A Peugeot-Citroën e a MAN têm programas de ampliação da produção que deve dobrar até 2015.
Fonte: R7/Reuters
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