"Aserehe ra de re, de hebe tu de hebere / Seibiunouba mahabi, an de bugui an de buididipi”. Se você desceu até o chão ao ritmo de Ragatanga, lá em 2002, sabe que não dá para ficar parado ao ouvir este refrão. Quinze anos depois do estouro do Rouge, uma banda de garotas criada em show de talentos, Fantine Tho, Aline Wirley, Karin Hils, Li Martins e Luciana Andrade estão de volta. Ricky Hiraoka, nosso colunista, levou as cinco até o banheiro mais próximo – e grande o suficiente – para um bate-papo sobre carreira, música e recomeço.
O entrosamento entre as mulheres – sim, elas não são mais garotas – é visível. Até Luciana, que se afastou do grupo um bom tempo antes de seu término, parecia à vontade. “Estou curtindo muito essa reaproximação”, diz. Todas estão chocadas com o entusiasmo dos fãs, que esgotaram os ingressos do primeiro show no Rio de Janeiro em apenas 3 horas. “O intuito nem era voltar, era só comemorar a nossa história”, diz Aline.
Durante o hiato, cada uma delas seguiu por um caminho. Li, por exemplo, se dedicou por sete anos ao teatro musical, mas nunca gostou quando a chamavam de ex-Rouge. “Quem tirou o meu lugar? Eu ainda sou uma Rouge”, fala. Depois de participar de outro show de talentos na Holanda, Fantine havia desistido do mundo da música. “Nunca me encaixei em nenhum gênero”, diz. “Foi aí que optei por uma mudança de carreira e até comecei um curso de instrutora de yoga”.
