O Instituto INCA – Inclusão, Cidadania e Ação lança o projeto “Musicalização Semente Ribeirinha”, desenvolvido em rede com o “Ponto de Cultura Quintal da Domingas”. Totalmente gratuito, o trabalho visa criar uma Orquestra de Instrumentos Regionais, para aprendizado, resgate e perpetuação da história, com aulas de viola de cocho, mocho e ganzá, com música e cantoria, além de oficina de artesanato em cerâmica e danças tradicionais da cultura popular cuiabana, com ênfase no Siriri.
As inscrições estão abertas até o dia 24 de abril, e os interessados podem se inscrever pelo site da Associação Flor Ribeirinha. As vagas são limitadas, destinadas a crianças, jovens e adultos.
As oficinas de “Musicalização regional infantil”, “Artesanato em cerâmica” e “Dança regional – vivência para dançarino” tem duração de seis meses cada uma e devem começar no feriado do dia 1 de maio (Dia do Trabalhador), com aulas práticas e teóricas, sendo inicialmente virtuais, por conta do avanço de contaminação da Covid-19.
Os instrumentos serão disponibilizados aos alunos por meio de termos de responsabilidade assinados pelos responsáveis, para que as crianças e jovens possam fazer a aula prática em casa. E o barro será disponibilizado semanalmente aos alunos, para que os mesmos possam fazer a aula prática em casa também.
Quando a disseminação do vírus estiver mais controlada e possibilitando maior segurança no contexto dos protocolos de prevenção a saúde, as aulas acontecerão de forma presencial no Quintal da Domingas, na comunidade São Gonçalo Beira Rio.
O Musicalização Semente Ribeirinha conta com recursos do Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), através de emendas parlamentares dos deputados estaduais Lúdio Cabral, Janaíva Riva e Wilson Santos, e apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
As oficinas
São 10 vagas para a oficina de “Musicalização regional infantil”, para a faixa etária de 12 a 14 anos de idade, com aulas aos sábados, às 8h, disponibilizadas uma vez na semana.
Os alunos vão aprender sobre a viola de cocho, o mocho e o ganzá, desde a história ao manuseio, além da Formação em Conjunto (Orquestra Musical Regional) e o Canto Coletivo (coral). As aulas serão conduzidas pelo instrutor Eduardo Aparecido dos Santos.
A oficina de “Artesanato em cerâmica” possui 20 vagas para adultos com idade acima de 18 anos, e será realizada aos sábados, às 16h, por Domingas Leonor da Silva.
Divulgação
A cerâmica é fonte de sobrevivência de muitas famílias que moram à beira do Rio Cuiabá, e a cuiabana Domingas vai contar a história da Comunidade São Gonçalo Beira Rio, as influências culturais, a ancestralidade da cerâmica, do barro à argila, vai ensinar os tipos de peças e a magia do barro na palma da mão.
Após isso se dará início a prática, onde cada aluno confeccionará uma peça que ficará na comunidade para o processo de queima artesanal. Após a realização da queima a peça produzida será devolvida aos alunos para que possa expor no lugar desejado.
A oficina “Dança regional – vivência para dançarino” disponibiliza 20 vagas para maiores de 18 anos, com aulas de dança regional e repertório artístico produzido pelo grupo Flor Ribeirinha, sempre aos domingos, às 16h, pelo instrutor Michel Luiz Brito.
O projeto
O projeto foi elaborado com a finalidade de levar à sociedade formação artística e cultural, com muito regionalismo, contemplando dessa forma a criação de uma Orquestra de Instrumentos Regionais, para aprendizado, resgate e perpetuação da história, por meio das diversas manifestações culturais presentes em São Gonçalo Beira Rio, onde se vivenciam e preservam as tradições das festas de santos, produção da cerâmica em argila e comidas e bebidas típicas.
“É preciso demonstrar que a cultura mato-grossense precisa de resgate e difusão e que este aprendizado e vivência são válidos para todas as idades. Também de salvaguardar o patrimônio imaterial, que é a viola de cocho, o mocho e o ganzá, efetivando a produção deles, pois são instrumentos primordiais utilizados nas apresentações do Siriri e do Cururu. Desta maneira ampliamos o acesso aos benefícios gerados pela utilização e preservação, com estudo e prática das vertentes de nossa cultura”, destaca o produtor cultural do projeto Avner Augusto.