Cidades

“Querem que a população fique contra nós”, alegam técnicos de enfermagem

“O procedimento que tomam (Sindessmat) em relação à greve é midiático ao invés do resolutivo”, alega o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, ao comentar que o Sindessmat estaria inflexível quanto às reivindicações da categoria.  

Soares também rebateu as acusações dos diretores de hospitais, de que os profissionais não estariam cumprindo o percentual mínimo de atendimento estipulado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Desconheço as denúncias, pois estamos mantendo o quantitativo. Não fomos notificados de forma alguma!”

Intransigência

Soares afirmou também que o Sindessmat não estaria disposto a negociar com a categoria, já que nem mesmo compareceu a audiência de negociação intermediada pelo desembargador Edson Bueno, do TRT.

 “Eles impuseram uma proposta de reajuste de 7% ou nada, além de não terem vindo negociar”, disse o sindicalista. Atualmente, o salário dos técnicos é de R$ 827 e o intuito dos profissionais é que passe para R$ 1 mil, o que representa um reajuste de 21%.

O Sindessmat alegou por sua vez, que este percentual é muito alto e ofereceu os 7%, que elevaria a remuneração para R$ 885,51. “Não vamos aceitar esse aumento de apenas R$ 50”, declarou Dejamir Soares.

Os técnicos de enfermagem alegam que irão permanecer mobilizados, sem previsão de termino do movimento grevista. Hoje é o 10º dia de greve e às 17h, um novo ato será realizado em frente o Hospital Geral da Capital, de onde os grevistas saíram em nova passeata.

Hospitais particulares passam a atender somente urgência/emergência

Frustração

A técnica de enfermagem Carina Patricia de Carvalho Bueno, 23, diz que embora a profissão tenha grande importância, os profissionais não estão sendo valorizados.

Técnicos de enfermagem de alguns hospitais particulares da Capital, que preferiram não serem identificados por receio, alegam que estão sendo coagidos pela coordenação das unidades hospitalares. “Alguns profissionais não estão indo para a movimentação com medo de serem mandados embora ou ainda de terem seus salários descontados”, alegou uma das profissionais que participava da manifestação.

Outra funcionária, foi mais além, abrindo um Boletim de Ocorrência onde alega ter sido coagida pela chefe de enfermagem da unidade onde trabalha. Também disse que a coordenação alega não saber de greve alguma e que o movimento seria ilegal, coibindo a técnica de participar da greve.

 

Valquiria Castil – Especial para o Circuito Mato Grosso

Redação

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