Foto: Reprodução
Por G1
O PT aprovou neste sábado (3), durante a convenção do partido em Brasília, uma resolução orienta parlamentares da legenda a não vão participar de votação indireta para presidente da República caso Michel Temer seja destituído do mandato.
“O PT manifesta sua posição inegociável pelas Diretas Já e contra o golpe dentro do golpe”, diz a resolução. Segundo o texto, o “golpe dentro do golpe” seria eleger um presidente indiretamente, pelo Congresso, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Enfrentamos quaisquer iniciativas das classes dominantes de impor eleições indiretas por meio de um Colégio Eleitoral”, diz o documento. A resolução também defende “antecipar as eleições para que a vontade livre e soberana do povo se manifeste nas urnas”.
A proposta tenta garantir pontos de consenso entre várias alas do partido para alçar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma nova eleição presidencial.
Outra resolução aprovada defende a instauração de uma Assembleia Nacional Constituinte para revogar medidas aprovadas no governo Temer. O texto também defende que a assembleia reforme as instituições e promova mudanças no Poder Judiciário.
“O PT lutará para que os golpistas interditem o direito do companheiro Lula ser candidato à presidência da República. A eleição de Lula presidente é uma condição para revogar as mudanças adotadas pelos golpistas”, diz a resolução.
Balanço dos governos petistas
A convenção também aprovou um texto em que ressalta os acertos do partido à frente do governo em detrimento aos erros. “Ao realizar o balanço desse período, não podemos deixar de enfatizar nossos êxitos”, diz o documento.
"Não porque não tenhamos cometido erros, tampouco porque tenhamos sido exitosos em tudo. Aliás, se fosse assim, o golpe não teria ocorrido e viveríamos no socialismo”, justifica a resolução aprovada durante a convenção.
Novo presidente do partido
A convenção deverá eleger o novo presidente do partido para um mandato de dois anos, em substituição ao atual presidente, Rui Falcão. Concorrem ao cargo a senadora Gleisi Hoffmann (PR), o senador Lindbergh Farias (RJ) e o militante José de Oliveira.
A candidatura de Gleisi Hoffmann é considerada a mais forte por membros do partido. Ela é apoiada pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual faz parte o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Participam do congresso 600 delegados que representam o partido. Para dar início à eleição, aos menos 301 precisam estar presentes. Vence em primeiro turno o candidato que tiver mais da metade dos votos dos presentes.
Será feito segundo turno se nenhum dos candidatos conseguir mais da metade dos votos. Nesse caso, vence aquele que receber o maior número de votos.