Os professores da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) reúnem nesta quinta-feira (24) para votar a adesão ou não à greve aprovada pelo Andes-SN (Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) no último fim de semana, para início a partir de hoje. A assembleia geral está prevista para as 14h.
A reunião estava inicialmente agendada para o dia 25, mas por causa da data do início da grave geral, foi transferida para hoje. O indicativo foi aprovado pelos docentes na manhã de quinta-feira (17) em assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat).
Na assembleia nacional do fim de semana, 27 universidades federais aprovaram greve a partir de quinta-feira por tempo indeterminado, segundo Andes, principal sindicato da categoria. A maioria das instituições é de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Ocupação de estudantes
Estudantes do campus de Cuiabá votaram nesta quarta-feira (23) contra a ocupação do campus em Cuiabá, em adesão a movimento nacional para suspensão da votação de mudanças no financiamento público e na grade do ensino médio. No entanto, os prédios dos institutos de Linguagem (IL) e Ciências Sociais e Humanas (ICHS) foram ocupados por estudantes a favor da greve.
Ao longo de todo o dia, estudantes percorriam a universidade com cartazes e fantasias alusivas a grupos sociais e os efeitos que a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional do Teto de Gastos (PEC 55) e da proposta que reduz o número de disciplinas obrigatórias no ensino médio. A votação foi antecedida por 7 horas de credenciamento de estudante para participar de debates sobre os projetos. E o resultado final foi 733 contra ocupação e greve e 527 favoráveis.
O resultado gerou confrontamento entre os estudantes, e a discussão passou a acusações de racismo dos participantes. Um aluno negro que compunha a mesa diretora de discussão disse ter sido chamado de “macaco”, mas não soube apontar a pessoa que teria feito a ofensa. Outro aluno que estava na mesa disse que a denuncia era vaga por não identificar a pessoa. Foi quando teve início a discussão acirrada entre os grupos.
A polícia foi chamada para intervir na confusão e retirar os alunos mais exaltados da aglomeração.