UEPG divulgou o resultado do Vestibular de Verão nesta quarta-feira (17) (Foto: Viviane Mallmann/RPC)
Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais do Paraná, decidiram suspender a greve da categoria, iniciada em outubro deste ano. A definição foi tomada em uma assembleia realizada na tarde desta terça-feira (8).
Os docentes devem retornar ao trabalho na quarta-feira (9), com expediente normal. No entanto, eles definiram que devem manter o estado de greve, ou seja, não está descartada a possibilidade de novas paralisações.
Segundo o Sindicato dos Docentes da UEPG (Sindiuepg), o retorno das aulas deve ser gradativo. Os alunos devem entrar em contato com os colegiados dos seus respectivos cursos para saber como será o calendário de reposição.
Já a reitoria informou que o Conselho Universitário deverá se reunir na quarta-feira, para definir se suspenderá o calendário acadêmico, dentro do período em que durou a greve. A reunião, porém, não deve definir um calendário para que as aulas perdidas sejam repostas. Isso deve ficar para outra reunião que ainda deverá ser marcada.
Reivindicações
Conforme o sindicato, um dos principais motivos da greve foi o envio de uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017.
A proposta foi encaminhada pelo Governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e torna sem efeito a Lei 18493/2015, editada ao fim da greve de 2015, que prevê a reposição das perdas inflacionárias.
Contudo, após a deflagração de greve em várias categorias, o governo decidiu retirar o projeto da Alep, para tentar uma negociação com os servidores. A iniciativa fez com que os trabalhadores voltassem ao trabalho, a exemplo do que ocorre agora na UEPG.
Greves
No ano passado, a instituição registrou duas greves, o que, ao todo, resultou em 98 dias de paralisação das aulas. A primeira greve foi 9 de fevereiro a 11 de março; e a segunda, de 22 de abril até 25 de junho.
Durante o período, 7,2 mil estudantes ficaram sem aulas. O calendário foi reorganizado e só terminou em março desse ano.
Fonte: G1