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Professores da rede pública fazem greve em cinco estados

Os professores da rede pública fazem greve em cinco estados do país. Além de São Paulo, onde a mobilização teve início no dia 13 de março, a categoria também paralisou as atividades em Pernambuco, Pará, Paraná e Santa Catarina.

As reivindicações incluem a revisão do plano de cargos e salários, melhores condições de trabalho e reajuste de vale-alimentação.

Pará
A greve dos professores no Pará teve início em 25 de março. A categoria reivindica pagamento do piso salarial nacional, de R$ 1.917,78, e o cumprimento do plano de carreira unificado com outras profissões do estado.

Eles reclamam ainda da falta de concursos para a contratação de novos professores. Os docentes querem também reajuste do vale-alimentação e melhorias, como a reforma e construção de mais escolas.

Segundo o governo, a folha de pagamento dos professores de abril será fechada de acordo com a última proposta apresentada nas negociações, que prevê uma lotação de 220 horas por professor, sendo 150 dentro de sala de aula e mais 70 horas suplementares.

Foi proposto ainda o pagamento dos retroativos dos meses de janeiro a março deste ano, em quatro parcelas. O valor, que chega ao montante de R$ 100 milhões, seria pago em duas parcelas ainda em 2015 (agosto e novembro) e duas em 2016 (março e agosto).

Atualmente, 1.054 escolas atendem a cerca de 700 mil estudantes no sistema de ensino estadual do Pará. O Comando de Greve avalia que a paralisação atinge 94% das escolas da rede estadual, sendo que mais de 120 municípios aderiram à greve.

Segundo os professores, determinados itens da pauta de reivindicação permanecem pendentes. Os professores querem que o governo apresente melhorias nas propostas até então apresentadas para que haja de fato avanços na negociação.

Paraná
Os professores estão em greve no estado há seis dias. Uma assembleia marcada para terça-feira (5) deve definir sobre a continuidade ou não da mobilização. Quase um milhão de alunos estão sem aula por causa da paralisação.

Nesta sexta, a categoria fez uma passeata contra o confronto que terminou com mais de 200 feridos na quarta-feira (29). Os professores se concentraram na Praça 19 de Dezembro e seguiram em direção ao Centro Cívico.

De acordo com Hermes Leão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (APP-Sindicato), 10 mil pessoas participaram do protesto. Já a Polícia Militar (PM), contabilizou três mil participantes.

Os professores são contra a aprovação do projeto de lei que promove mudanças no custeio da ParanaPrevidência, o regime próprio da Previdência Social dos servidores paranaenses. A proposta foi sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB) na quinta (30). Com a sanção, a lei entra em vigor assim que publicada em "Diário Oficial", o que deve ocorrer nos próximos dias, segundo o governo.

Pernambuco
A greve já dura 21 dias no estado. Na quinta-feira (30), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) fez uma assembleia com a categoria, que chegou a interromper o trânsito em ruas do centro da cidade.

A categoria deve voltar a se reunir em assembleia na próxima segunda-feira (4), às 14h, no Centro de Convenções. Os professores reivindicam aumento de 13,01% para toda a categoria.

A proposta do governo estadual é aumentar o salário dos profissionais com ensino médio (antigo magistério), o que corresponde a 10% da categoria.

Santa Catarina
Mais de 50 pessoas passaram a noite acampadas na Assembleia Legislativa, em Florianópolis. Desde terça (28), alguns grevistas dormem no saguão da Alesc.

A greve teve início no dia 24 de março e, segundo o sindicato, a adesão é de 30% dos professores.
Já o governo afirma que apenas 10% dos profissionais estão em greve.

A categoria reivindica principalmente o plano de carreira do magistério estadual e mudanças na lei que trata dos direitos dos professores temporários. O governo apresentou uma proposta, que foi rejeitada pelos grevistas. Entenda melhor as reivindicações aqui.

São Paulo
A greve em São Paulo foi declarada no dia 13 de março. Na quinta-feira, a Apeoesp informou que entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Uma audiência de conciliação foi agendada para a próxima semana.

Os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. Os professores também pedem melhores condições de trabalho.

A Secretaria de Estado da Educação diz ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos. A pasta diz que apresentou três propostas em reunião em 23 de abril, entre elas a manutenção de uma "política salarial pelos próximos quatro anos com data base em 1º de julho".
Entretanto, o governo não deu números e não detalhou qual seria a proposta de reajuste para o dissídio. As outras duas propostas citadas pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante a reunião estão contidas em uma proposta de projeto de lei que ainda precisa ser enviado para a Assembleia.

O projeto prevê a inclusão dos professores temporários na rede de atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e estabelece a redução da exigência de 200 dias de intervalo a partir do terceiro contrato destes docentes (duzentena).

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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