Economia

Produtores de Mato Grosso temem reflexos da crise da Covid-19 no agronegócio

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antonio Galvan, disse que os produtores têm visto com preocupação os reflexos da crise do coronavírus na economia. Ele disse que, apesar de uma melhora na produtividade no último ano, efeitos como a queda do valor do barril de petróleo pode prejudicar Mato Grosso na produção de milho, por exemplo.

O decreto de calamidade pública, do Estado de Mato Grosso, foi publicado no último dia 25 de março, trazendo medidas para a prevenção da proliferação do coronavírus. Uma das medidas foi o fechamento de setores do comércio e recomendação de isolamento social.

O presidente da Aprosoja afirmou que tem acompanhado os reflexos desta crise com bastante preocupação, principalmente no que diz respeito à economia. Ele citou os possíveis problemas aos cofres públicos e a diminuição da geração de emprego no comércio, mas também nas indústrias. No setor do agronegócio ele afirma que os cuidados têm sido tomados.

"Apesar de que o nosso negócio não tem como parar, mas mesmo assim, tomamos mais cuidado. Estamos sempre ao ar livre, campo aberto, ou seja, mais dificuldade de contágio, mas mesmo assim tomamos precaução, porque querendo ou não é um problema que está instalado, esperamos realmente que isso venha a sanar rapidamente e voltar às atividades normais, porque isso vai representar uma queda muito grande na geração de emprego e isso é o que mais preocupa hoje", disse.

Galvan disse que Mato Grosso vinha em um bom ritmo de produção, após problemas com o custo de produção no ano anterior. No caso da soja houve uma média melhor de produtividade, mesmo com pouco aumento da área, e no caso do milho o aumento da área já foi bem maior, trazendo uma boa possibilidade de crescimento, em decorrência da aumenta da demanda por alimento no mundo. Porém, com a crise da Covid-19, o preço do barril do petróleo caiu, o que pode acabar prejudicando os produtores de milho de Mato Grosso.

"Vemos com preocupação, porque o etanol hoje, principalmente a nível de Mato Grosso, o grande reflexo é na produção de milho, isso pode vir influenciar diretamente no valor do milho. Esta queda do petróleo ninguém esperava desta forma, sempre queremos um combustível mais barato, mas não desta forma, porque atrapalha as outras economias, principalmente no que tange ao etanol".

Redação

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