Alimentos e biocombustíveis são os principais produtos que sustentaram a produção industrial de Mato Grosso no mês de junho. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as indústrias mato-grossenses tiveram um aumento de 10,5%. Os números copilados pelo Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado positivo foi graças ao desempenho dos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas), cuja alta foi de 9,31%, e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), com índice de 0,65%. Mato Grosso foi o quarto estado com maior alta, atrás do Rio Grande do Norte (16,5%), Espírito Santo (11,8%) e Rio de Janeiro (11,7%).
O setor industrial na média nacional assinalou 0,3% positivo. Na comparação com o mês de maio deste ano, a produção industrial nacional leve saldo positivo de 0,1%. Nas produções regionais, seis dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas: Espírito Santo (4,6%), Rio de Janeiro (3,2%), Santa Catarina (2,6%), Mato Grosso (2,2%), Goiás (1,8%) e Bahia (0,5%).
“A produção do Mato Grosso contribui para a oferta global de alimentos, o estado é um dos principais produtores de alimentos do Brasil, com uma indústria consolidada. Tivemos uma pequena queda na produção no início do ano, mas já estamos recuperando e estamos com saldo positivo e numa realidade diferente da média nacional, mostrando que Mato Grosso é terra de oportunidades", destacou o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel.
A produção de biocombustível também se destaca. O cenário da agroindústria de Mato Grosso sofreu uma grande evolução com o passar dos anos. “Para se ter noção, a produção de etanol em Mato Grosso ultrapassou 4 bilhões de litros sustentada principalmente pelo aumento da produção de etanol de milho, que responde por cerca de 75% da produção de etanol do estado”, acrescenta Rangel.
A pesquisa
A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 17 unidades da federação.