Foto Washington Alves/ Estadão
A produção de veículos no Brasil subiu 21,8% em novembro ante novembro do ano passado e teve alta de 22,4% ante outubro, informou nesta terça-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram 213.323 unidades fabricadas no penúltimo mês de 2016, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
É a primeira vez desde fevereiro de 2014 que o volume produzido em um mês supera o resultado alcançado em igual mês do ano anterior. É também a primeira vez desde outubro de 2015 que a indústria consegue produzir mais do que 200 mil unidades em um único mês.
No acumulado de janeiro a novembro, 1.952.058 unidades saíram das fábricas, recuo de 14,6% sobre o número alcançado em igual intervalo de 2015. A previsão da Anfavea é terminar o ano com queda de 5,5% na produção de veículos em relação a 2015, mas a associação já admite que dificilmente alcançará esta projeção, em razão de problemas de fornecimento enfrentados pela Volkswagen em agosto e setembro.
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 206.365 unidades fabricadas em novembro, alta de 22,3% em relação a novembro do ano passado e crescimento de 22,9% ante o volume do mês anterior. No acumulado do ano, a queda é de 14,4%, para 1.877.946 unidades.
Entre os pesados, foram 5.362 caminhões produzidos no mês passado, avanço de 0,2% ante igual mês de 2015 e expansão de 15,7% sobre o volume de outubro. O segmento acumula, no entanto, queda de 21,1% no ano até novembro, para 56.380 unidades. No caso dos ônibus, as montadoras produziram 1.596 unidades em novembro, crescimento de 52,7% sobre o resultado de igual mês do ano passado, mas recuo de 3,5% em relação a outubro. No ano, acumula baixa de 15,4%, para 17.732 unidades.
Mesmo com a alta na produção, as demissões continuam nas montadoras. Só em novembro, 407 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 8.083 vagas a menos. Com isso, a indústria conta hoje com 123.271 funcionários, recuo de 6,2% em relação ao nível de novembro do ano passado.
Fonte: Estadão