A produção de automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus caiu 42,1% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira (6) a associação das fabricantes de veículos, Anfavea.
Em setembro de 2015, foram fabricados 174,2 mil veículos, contra 300,8 mil unidades nem setembro de 2014. Na comparação com o mês anterior, o recuo foi menor, de 19,5%. Naquele mês, foram montados 216,6 mil unidades.
Setembro foi o oitavo mês consecutivo de queda na produção. No ano, o único resultado positivo foi o de janeiro, quando a produção registrou alta de 0,4%.
De janeiro a setembro, 1,9 milhão de veículos saíram das fábricas, um volume 20,1% menor do que no mesmo período de 2014 (2,38 milhões).
Vendas caíram 32,5% em setembro
O tombo na produção reflete o baixo volume de vendas de veiculos no mercado brasileiro. Os licenciamentos caíram 32,5% em setembro, na comparação anual, o que já havia sido adiantado pela Fenabrave na última quinta-feira (1). No comparativo das vendas de setembro com agosto, a queda foi de 3,5%.
No acumulado no ano, as vendas têm queda de 22,7%. Foram vendidos 1.953.921 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus nos primeiros 9 meses do ano, contra 2.526.328, no mesmo período de 2014.
Exportações sobem, mas valor é menor
Por outro lado, as exportações de veículos voltaram a apresentar alta. Foram vendidos 33.502 veículos ao exterior em setembro, volume 28,7% maior do que 1 ano antes. Mas na comparação com agosto houve queda de 3,2%. No acumulado do ano, o aumento é de 12,3%.
Em valores, porém, houve queda. As exportações em setembro, incluindo máquinas agrícolas, somaram US$ 834 milhões, montante 9,7% menor do que no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o recuo é de 10,8%.
Previsão para o ano
No final de setembro, a Anfavea revisou a previsão de queda do setor para este ano, dizendo só esperar uma melhora no setor no final de 2016. Segundo o presidente da associação, Luiz Moan, as vendas de veículos novos este ano no Brasil devem cair entre 23% e 24%.
Fonte: G1