Economia

Prévia do PIB deve mostrar sinais de fraqueza econômica no final de 2019

O vai-e-vem das expectativas econômicas no Brasil segue sem respiro. O dado de novembro do IBC-Br, índice considerado pelo mercado como uma prévia do PIB, será divulgado pelo Banco Central às 9 horas desta quinta-feira (16).

A expectativa é de frustração, já que os dados daquele mês na indústria, serviços e comércio varejista, divulgados entre esta semana e a passada, mostraram um desempenho aquém do esperado.

A indústria foi a primeira decepção, na ultima quinta-feira (09). Após três meses de recuperação, a produção industrial recuou 1,2% em novembro ante outubro e 1,7% ante novembro de 2018. A expectativa já era de recuo, porém menor, de 0,7% na comparação mensal.

Nesta terça-feira (14) saíram os dados de serviços, mais uma ducha de água fria. Após dois meses de alta, o setor recuou 0,1% em novembro na comparação com outubro. Em relação a novembro de 2018 houve alta de 1,8% e o resultado foi positivo em 0,9% no acumulado de 2019. O volume, no entanto, segue 9,8% abaixo daquele registrado em novembro de 2014.

Ontem, foi a vez de o comércio varejista decepcionar. Apesar da 7ª alta seguida, o volume de vendas cresceu 0,6% em novembro sobre outubro, metade do esperado pelo mercado, e 2,9% na comparação com novembro de 2018.

“Na avaliação geral, parece que a economia perdeu um pouco de fôlego em novembro e dezembro”, diz Sérgio Vale, da MB Associados.

Logo após a divulgação dos dados do varejo, o Itaú Unibanco ampliou sua previsão de queda para o IBC-Br de novembro, de -0,2% para -0,3%. “Isso reforça nossa visão de um PIB de 2020 avançando mais próximo de 2% do que de 3%”, diz Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco, que prevê 2,2% para o dado anual.

A corretora Necton foi na mesma direção, revisando a previsão do IBC-Br de novembro de 0,7% para estabilidade. A mudança, segundo eles, refletiu justamente os resultados abaixo do esperado nos setores já citados.

A consultoria 4E manteve sua expectativa de que o índice venha em 0,2%, enquanto o BNP Paribas revisou sua projeção, de estabilidade para queda de 0,2%. “O índice deve refletir a decepção do crescimento de novembro. À época, a percepção era de que o mês estava melhor”, diz Gustavo Arruda, economista do BNP responsável por Brasil.

A incerteza deve manter o mercado atento para os novos sinais da atividade. O Banco Central divulga o IBC-Br de dezembro em 14 de fevereiro, enquanto o IBGE divulga o PIB fechado de 2019 só no dia 04 de março.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26