O IPCA-15 é divulgado mensalmente e calcula a variação média de preços de produtos e serviços em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença entre esse índice e o IPCA, que é a taxa oficial de inflação do Brasil, está no período de coleta dos preços. Em vez de analisar os valores dentro do mês de julho, por exemplo, o IPCA-15 verifica os preços do dia 12 de junho ao dia 14 de julho. Por isso, é considerado uma prévia da inflação mensal.
Entre as despesas analisadas pelo IBGE, as relativas a transportes exerceu a principal influência para o resultado do IPCA-15 no mês de julho. Depois de subir 0,50% em junho, o índice caiu 0,85% no mês seguinte.A variação de preços de alimentação e bebidas também contribuiu para a desaceleração do IPCA-15, ao passar de um avanço de 0,21% para uma baixa de 0,03%. Ficaram mais baratos os preços de, por exemplo, batata-inglesa (-13,23%), tomate (-11,63%), feijão-fradinho (-8,04%), cenoura (-7,67%) e feijão-carioca (-7,44%).
Na contramão, apresentaram maiores avanços os preços relativos a habitação (de 0,29% em junho para 0,48% em julho) e despesas Pessoais (de 1,09% para 1,74%).Em habitação, as principais pressões partiram de energia elétrica (1,35%), condomínio (0,98%) e aluguel (0,92%). No caso das despesas pessoais, a maior influência veio da alta de 28,63% nas diárias de hotéis. Na região metropolitana de Fortaleza, o aumento foi de 57,95% no valor das diárias, seguida de Brasília, onde os preços subiram 45,74%.
Na análise da inflação por regiões, o IBGE mostra que o maior índice foi o de Recife (0,71%) onde as diárias de hotéis, com alta de 34,71%. O menor foi o de Belém (-0,13%) onde os alimentos consumidos em casa chegaram a ficar 1,13% mais baratos em julho.
G1