Nacional

Presos da Lava Jato dividem 6 celas com cerca de 100 detentos

Ala recebe presos com nível superior e policiais militares condenados (Foto: Tony Matoso/RPC)

Os presos na Operação Lava Jato que estão detidos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba dividem uma galeria onde ficam cerca de 100 detentos, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp-PR).

No sábado (25), oito presos relacionados à Odebrecht e à Andrade Gutierrez foram transferidos para o presídio. Eles foram detidos no dia 19 de junho, quando a 14ª fase da operação foi deflagrada, tendo como alvo as duas empreiteiras.

Desde então, 16 presos na operação estão detidos no local. A Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio de dinheiro e corrupção na Petrobras.

A Sesp informou que os 16 presos da Lava Jato dividem seis celas, ondem cabem três pessoas. Cada cela tem um banheiro, com um vaso sanitário e uma pia, ainda segundo a pasta. Já para tomar banho, eles dividem chuveiros com os outros detentos da mesma galeria.

Estão presos no Complexo Médico-Penal:
-Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.
-Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht
-César Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht
-Elton Negrão de Azevedo Júnior – executivo da Andrade Gutierrez
-João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht
-Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht
-Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez
-Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht
-André Vargas, ex-deputado
-Luiz Argôlo, ex-deputado
-Pedro Corrêa, ex-deputado
-João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT
-Mário Góes, empresário e acusado de ser um dos operadores do esquema
-Adir Assad, empresário e acusado de ser um dos operadores do esquema
-Fernando Baiano, acusado de ser um dos operadores do esquema
-Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Pebrobras

O pedido desta última transferência foi feito pelo delegado da Polícia Federal (PF) Igor Romário de Paula. Ele alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem. O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas.

Ao aceitar o pedido, o juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – disse que "de fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos".

Os demais presos já estavam há mais tempo no local. Antes de serem encaminhados ao Complexo Médico-Penal, todos estavam detidos na carceragem da Polícia Federal, na capital paranaense.

O presídio tem capacidade para cerca de 700 detentos e, atualmente, este é o número de presos no local. O Complexo Médico-Legal recebe os doentes que precisam de internamento, os idosos e as gestantes do sistema prisional. Além disso, policiais e agentes penitenciários presos e detentos com curso superior também podem ficar no local. As informações são da Sesp.

Na sexta-feira (14), o Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça Federal uma denúncia contra os envolvidos na 14ª fase da Operação Lava Jato.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus