O prefeito Emanuel Pinheiro disse nesta segunda-feira (4) que sua gestão livrou o HMC (Hospital Municipal de Cuiabá) de se tornar um novo VLT, obra de mobilidade urbana parada desde dezembro de 2014. Ele afirmou que o projeto lançado na gestão do então prefeito Mauro Mendes, hoje governador do Estado, tinha problemas estruturais e técnicos e lhe caberia judicializar as obras.
“O pai do HMC é o Emanuel Pinheiro. Se não fosse a gestão Emanuel Pinheiro, o HMC seria o novo VLT. Iria ficar uma obra licitada, mas largada e abandonada. Eu escolhi o caminho mais difícil, tive coragem, com uma equipe muito comprometida e com o apoio da bancada federal, de enfrentar um caminho penoso, dificílimo, que poucos gestores teriam a coragem de enfrentar”.
A última etapa do HMC está com a entrega prevista para o dia 18 deste mês. O hospital, onde vai funcionar também o novo pronto-socorro, vem sendo lançado parcialmente desde o fim do ano passado, cronograma criticado por alguns políticos, dentre eles o governador Mauro Mendes, que recentemente disse que não irá à cerimônia da última etapa de uma obra que teve “várias inaugurações”.
O que impulsionou a obra, financeiramente, foi sua entrada no programa Chave de Ouro lançado como ação de encerramento do mandato de Michel Temer (MDB), em 2018. O governo federal injetou R$ 100 milhões.
O HMC fez parte da promessa de gestão de Mauro Mendes. O edital foi lançado em 2014 e por causa da crise financeira teve diversos atrasos. Hoje, o prefeito Emanuel Pinheiro acrescentou um novo aspecto ao apontar problemas na planta.
“O mais confortável para um gestor era judicializar e empurrar o abacaxi como fizeram com o VLT. Eu escolhi o caminho mais difícil porque sei da importância de avançar e humanizar a saúde no SUS (Sistema Único de Saúde)”.
Em maio, o governo decretou requisição administrativa da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá após demora de se chegar a um acordo entre a prefeitura e a administração do hospital.