Preço da cesta básica em Cuiabá tem queda de 3,6% em 2023 no comparativo com o ano anterior e encerrou dezembro com valor médio de R$ 751,52, indicam dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT).
A retração do valor médio do sacolão com itens essenciais de alimentação, higiene e limpeza é reflexo da maior estabilidade de preços ao longo do ano, especialmente da carne bovina, pão francês, manteiga e do feijão, que ficou 17 pontos percentuais mais barato em relação a 2022.
O movimento de queda da cesta também se deu em 15 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 12 meses, do total de 13 produtos da cesta básica, a carne bovina de primeira, feijão carioquinha, café em pó, óleo de soja e farinha de trigo, coletada no Centro-Sul, apresentaram recuo de preço em todas as cidades. O valor do leite integral diminuiu em 16 capitais.
O boletim do Dieese mostra que, em dezembro de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 3 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 107 horas e 29 minutos. Em dezembro de 2022, a média era de 122 horas e 32 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido – após o desconto referente à Previdência Social -nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2023, 53,5% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 52,8%. Em dezembro de 2022, a média era de 60,2%.
Inflação
Especialistas entendem que o comportamento dos preços dos alimentos e a política monetária, apesar dos recentes cortes na taxa de juros, foram determinantes no controle da inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), tido como a prévia da inflação oficial do país, encerrou o ano passado em 4,7%, o menor resultado dos últimos três anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) teve deflação de 3,18%. O resultado marca uma inflexão do índice, que chegou a fechar 2020 em 23,1%.
Fonte: A Gazeta
