Economia

Preço da casa própria no Brasil, ainda é alto mesmo com desconto

Os brasileiros que compraram imóveis nos últimos 12 meses encerrados em setembro conseguiram um desconto médio de 9% no valor final. Apesar disso, a quantidade de brasileiros com desejo de comprar um imóvel nos próximos três meses recuou para 43% no terceiro trimestre de 2016 — mesmo patamar do final de 2015.

Os dados estão no estudo Raio-X FipeZap, divulgado nesta quarta-feira (23).

Entre os interessados em comprar um imóvel, porém, o diagnóstico é de que os preços estão "altos" ou "muito altos". Sete em cada dez brasileiros consideram os valores praticados fora da realidade financeira deles — para 43%, o preço está "alto" e, para 26%, "muito alto".

Apesar de a maioria ainda considerar os preços dos imóveis ainda elevados no País, o percentual manteve a trajetória de queda iniciada no final de 2014, quando 88% dos que pretendiam comprar uma casa ou apartamento acreditavam que os valores estavam “altos” ou “muito altos”. A mesma percepção se repete entre os brasileiros que compraram o imóvel ao longo dos últimos meses.

Por outro lado, 23% dos que tem a intenção de assinar um contrato de compra no próximo trimestre avaliam que “os preços estão em um nível razoável”, 0,3% vê os preços “baixos” e apenas 0,1% afirma que os valores “estão muito baixos”.

As expectativas para a evolução de preços dos imóveis, no entanto, estão menos negativas pelo quarto trimestre consecutivo, com redução no volume de entrevistados que projetam pagar um valor menor ao longo dos próximos 12 meses. No terceiro trimestre de 2016, 40% dos entrevistados que declararam ter intenção de comprar um imóvel nos próximos três meses esperam por uma queda de preços. Trata-se da primeira vez que esse valor aparece abaixo de 50% desde o quarto trimestre de 2014.

Ao serem questionados a respeito do objetivo de compra, os entrevistados demonstraram a intenção de morar com alguém (44%), investir para alugar (23%), investir para revender (18%), morar sozinho (8%) e comprar para outra pessoa morar (7%).  A pesquisa mostra ainda que o percentual de investidores caiu para 38% e atingiu o menor nível da série histórica, que começou a ter dados coletados no final de 2013.

A pesquisa trimestral foi realizada com 4.503 pessoas no período entre 5 e 27 de outubro. A maior parte dos entrevistados pertencem ao gênero masculino (56%), possui idade abaixo de 50 anos (72%) e renda domiciliar de até R$ 10 mil mensais (70%).

Fonte: R7

Redação

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