Os depósitos na poupança superaram os resgates em 2017 e a caderneta voltou a fechar um ano no azul, após registrar captação líquida negativa em 2015 e 2016, segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta (5).
A captação líquida na poupança fechou o ano passado em R$ 17,13 bilhões, maior saldo positivo desde 2014.
Somente em dezembro, a caderneta teve R$ 208,6 bilhões de depósitos, contra R$ 189,2 bilhões de saques. No ano, o saldo final da poupança ficou em R$ 724,6 bilhões.
O dado de dezembro foi o melhor para o mês da história. Até então, o maior resultado havia sido obtido em dezembro de 2013, quando os depósitos superaram os saques em R$ 11,202 bilhões.
A recuperação da captação líquida da poupança ocorre em um contexto de inflação sob controle, retomada da economia brasileira e injeção de recursos na economia com a liberação das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do PIS/Pasep para idosos.
A queda da taxa básica de juros da economia abaixo de 8,5% ao ano ativou o gatilho que diminui a rentabilidade da caderneta. Agora, a poupança rende 70% da Selic -mensalizada- mais TR (Taxa Referencial).