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Por responder processo, tenente não irá concorrer à promoção

Foto: Reprodução

A tenente Isadora Ledur teve seu nome retirado da lista de oficiais que irão concorrer a promoção do Corpo de Bombeiros, no próximo dia 02 de julho. A tenente foi indiciada pela Polícia Civil por crimes de tortura e castigo contra o aluno Rodrigo Claro, de 21 anos, que morreu após treinamento de um curso.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o nome de Isadora estava entre os oficiais que concorreriam a promoção, pois todo militar no primeiro momento não pode ter o nome excluído pela lei, mas mesmo assim, há outras etapas para que a promoção seja aprovada.

Por estar respondendo um processo administrativo e passar pelo conselho de justificação, a Comissão de Promoção de Oficiais (CPO) barrou o nome da tenente, assim excluindo as chances dela ser promovida para capitã do Corpo de Bombeiros.

Isadora responde pelo crime de negligência em relação a morte do aluno, quando os bombeiros apresentaram no dia 20 de fevereiro no Comando-Geral o relatório final do Inquérito Policial Militar (IPM), em que foi apontado a prática do crime de maus tratos da tenente.

O inquérito apontou que como instrutora do curso, a tenente não cumpriu o que prescrevia o projeto pedagógico do curso e “nem seguiu o fiel cumprimento da ementa da disciplina. Foi negligente com a segurança ao não fazer a previsão de viaturas e materiais de apoio à instrução sem os meios de segurança adequados”.

O caso

10 de novembro de 2016 e o cenário era a Lagoa Trevisan, em Cuiabá (MT). Alunos realizavam treinamento do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso. Tudo corria normalmente, até que um dos alunos sentiu-se mal e foi liberado do treino.

Era o jovem Rodrigo, que morreu após cinco dias internado no Hospital Jardim Cuiabá, na capital. Ele deu entrada no hospital com aneurisma cerebral após ter recebido uma série de afogamentos durante o curso, segundo a família.

O jovem já havia comunicado com sua mãe sobre a conduta da oficial com ele. Rodrigo afirmou  que ocorreram outros casos e que as sessões de afogamento eram comuns. Outros alunos que estiveram no curso, confirmaram a perseguição da tenente com o então aluno.

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Jefferson Oliveira

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