Com intuito de avaliar o potencial e a produtividade do solo e o clima do estado mato-grossense, especialistas, empresários e representantes políticos se reuniram na quarta-feira (14), durante o 1º Congresso de Bionenergia de Mato Grosso e o 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central. Eles avaliaram e discutir as oportunidades de negócios com reflorestamento visando mais economia aos empresários brasileiros.
Na apresentação do painel, o diretor executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Marcílio Caron, ressaltou que Mato Grosso tem capacidade para se tornar um grande produtor de árvores cultivadas. “Acredito muito no potencial florestal do Estado. Existem dificuldades a serem superadas, por isso temos que discutir e sugerir políticas adequadas ao setor”, disse ele, que também é presidente da Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (ASBR).
O coordenador-geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), João Antônio Salomão, destacou as políticas existentes para o setor dentro do Mapa, desde as linhas de crédito e financiamento até o programa ABC (Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura). “O segmento tem muitos desafios como o licenciamento ambiental, infraestrutura, logística e mão-de-obra”, ponderou.
Para o diretor de Relações Institucionais e Pesquisa da Floresteca e secretário-geral da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Fausto Takizawa, além desses desafios existe ainda a falta de representatividade do setor. Ele também avaliou os resultados esperados das Políticas para Reflorestamento (PSS). “São necessárias garantias mínimas e favoráveis para o consumo de biomassa florestal legal e sustentável em relação a outras fontes não sustentáveis”.
Mato Grosso tem 200 mil hectares de plantio de floresta e a cada quatro anos dobra a área plantada. “Apesar dos entraves, o setor tem grande vantagem competitiva em função do alto desempenho ambiental e social, da baixa idade de rotação, do potencial para expansão e da alta produtividade. Isso tudo reflete em mais renda e emprego aos mato-grossenses”, enfatizou Takizawa.
Para o consultor Janderson Botelho da Fonseca é importante se atentar para a oportunidade da Geração Distribuída – termo usado para designar a geração elétrica realizada por consumidores independentes. “Neste sistema, estão previstas a redução de custos com energia nas unidades consumidoras e com a ampliação da geração, transmissão e distribuição de energia”, informou.
O consultor evidenciou as metas renováveis do Brasil com a ONU (organização das Nações Unidas) de reduzir as emissões de gases efeito estufa em 37% até 2015 e em 43% até 2030, tendo como parâmetro o ano de 2005. “O governo lançou o ProGD – Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica justamente para incentivar e ampliar a produção de energia renovável no país”.