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Polícia pede prisão de decorador que deu calote em 35 noivas

A delegada-chefe da 3ª DP, Cláudia Alcântara, pediu à Justiça, na tarde desta terça-feira (12), a prisão preventiva do empresário Chrisanto Lopes Galvão Netto, decorador de festas de casamento que sumiu depois de suspender os serviços para os quais havia sido pago. Segundo a delegada, 60 noivas já prestaram ocorrência contra Netto. O prejuízo já soma R$ 1,315 milhão.

Cláudia afirmou que as investigações indicam que o decorador está em Paris. Registros da Polícia Federal apontam que Galvão Netto embarcou para a capital francesa na última quarta feira (6). Para a delegada, o empresário "empreendeu fuga".

"Ontem nós procuramos o Netto em todos os locais que ele poderia residir e em todos ele não estava. Ele mudou desses lugares e ninguém sabe o atual endereço dele no Brasil. Ele mudou dos endereços e não deixou nada. Está claro que ele está fugindo da ação policial."

Ela disse que pretende ir ao Tribunal de Justiça do DF por volta das 15h desta terça para protocolar o pedido de prisão e outras acões relacionadas ao caso, mas ela não adiantou detalhes.Galvão Netto será indiciado nos 60 casos por estelionato. Se condenado, ele pode pegar de 1 a 5 anos por cada ocorrência registrada.

A empresa do decorador funcionava em uma loja na quadra 303 do Sudoeste. Nesta sexta-feira (8), a porta estava trancada e não havia nenhuma identificação. A informação dos vizinhos da empresa é que os funcionários foram dispensados na última quinta-feira e ninguém voltou ao local depois disso.

'Calote'
De acordo com as vítimas, o empresário enviou uma carta às noivas dizendo que devolveria o dinheiro recebido, mas sumiu e não restituiu os valores. A delegada afirmou que Galvão Netto era policial militar, estava afastado e voltou ao serviço em abril deste ano. Desde então está de licença médica. Ela não soube dizer o motivo do afastamento. Segundo a PM, Galvão pediu afastamento sem remuneração há três anos para cuidar de "assuntos pessoais".

Cláudia contou que ele enviou uma carta às noivas na tarde da última sexta (8) “pedindo desculpas” e dizendo que, por conta da situação financeira do país, teve de cancelar os contratos. O decorador afirmou ainda na carta que estava em depressão.

A administradora Cristina Leal, uma das vítimas, disse que tinha uma reunião com o empresário no dia em que ele foi para Paris. “Eu liguei para ele para falar sobre o contrato, e ainda brinquei se podia dormir tranquila. Ele respondeu que sim e que a decoração [da festa] seria um sucesso.”

Fonte: G1

Redação

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