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Polícia não conclui inquérito sobre queda de viaduto

O delegado Hugo e Silva, responsável pelas investigações da queda do Viaduto dos Guararapes, na Avenida Pedro I, na Região Norte de Belo Horizonte, cuja alça Sul desabou no dia 3 de julho, pediu adiamento da conclusão do inquérito pela segunda vez. À princípio, o documento seria entregue 30 dias após o acidente, mas o prazo havia sido postergado por 90 dias.

Segundo a Polícia Civil, o delegado teria até esta quarta-feira (10) para entregar o conclusão do inquérito, mas ele pediu prorrogação a Justiça na sexta-feira (5) . A assessoria de imprensa do Fórum Lafayette informou que o caso foi encaminhado ao Ministério Público para que o órgão dê o parecer.

Os moradores dos prédios ao lado do viaduto se cansaram de esperar pela conclusão do inquérito e decidiram entrar com os pedidos de indenização na Justiça sem o documento anexado ao processo.

"Vamos entrar com a ação de indenização entre sexta (12) e terça-feira (16) contra a Sudecap [Superintendência de Desenvolvimento da Capital], a Cowan [empresa responsável pela execução da obra] e a Consol [empresa responsável pelo projeto do viaduto]", disse a presidente da Comissão dos Moradores do Entorno do Viaduto Guararapes, a advogada Ana Cristina Drummond.

A queda da alça Sul do Viaduto Guararapes, localizada na Avenida Pedro I, na Região Norte de Belo Horizonte, matou duas pessoas e feriu outras 23. Já a alça Norte foi implodida no dia 14 de setembro.

Trincheira

No dia 23 outubro, a empresa Consol se comprometeu a entregar um projeto para instalação de uma trincheira no local onde parte do Viaduto Guararapes desabou.

A proposta foi discutida entre representantes da Consol, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Cowan, empresa de engenharia que executou a obra do viaduto. A ideia da trincheira partiu da Prefeitura de Belo Horizonte e foi apresentada no dia 16 de outubro.

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público quer que as obras sejam feitas sem custos. Segundo o Ministério Público, se elas não alcançarem a quantia de R$ 10 milhões [dinheiro gasto na construção das duas alças do Viaduto dos Guararapes], os responsáveis terão que devolver o restante ao cofres públicos.

A construtora Cowan informou que só vai executar a obra depois de analisar o projeto que será apresentada pela Consol.
Os moradores da região já se manifestaram contra as obras. "Nós não queremos trincheira. Chega de incômodo, de barulho. Nós queremos solução e não problemas", desabafou Ana Cristina Drummond.

Fonte: G1

Redação

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