O Ministério do Planejamento informou que será publicada no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (19) portaria autorizando a venda de 239 imóveis da União, dos quais 20 já haviam sido colocados à venda em agosto do ano passado, mas não houve interessados.
De acordo com o governo, o modelo de venda existente até o momento prejudicou o processo, pois envolvia a emissão de cheque caução e o pagamento direto. Com as novas regras, que serão adotadas, os interessados poderão procurar diretamente a Caixa – que será o operador oficial das vendas – e optar por uma linha de financiamento do banco.
Segundo o Ministério do Planejamento, a Caixa Econômica Federal terá uma remuneração de 3,5% do valor da venda, o que, segundo o governo, é um percentual inferior ao praticado no mercado. A expectativa é de que a alienação desses imóveis possa ocorrer em cerca de 45 dias. Esse lote, ainda segundo o governo, será o primeiro de 2016. De acordo com o Planejamento, um novo lote deve ser anunciado a cada dois meses.
Com a venda destes imóveis, o governo pretende dar prosseguimento aos negócios e deixar de gastar, com a manutenção, R$ 1,5 bilhão em 2016. De acordo com o governo, 61 imóveis da lista estão no Distrito Federal, 58 em Minas Gerais e, o resto, espalhado por outros 21 estados do país. Em Brasília, entrarão na lista, as residências oficiais dos ministros da Fazenda e da Casa Civil, além de lotes no Lago Sul e no Guará, informou o Planejamento.
A venda de imóveis da União foi anunciada pela equipe econômica no ano passado, no conjunto da reforma adminsitrativa. Além da venda de imóveis considerados desnecessários, a reforma tem outros quatro pontos: corte no número de ministérios, redução de secretarias e órgãos dentro dos ministérios, redução das despesas de custeio (como contas de água e luz) e corte de cargos comissionados.
Fonte: G1