A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (24), uma força tarefa que investiga suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças de magistrados do Poder Judiciário da Bahia. Nesta fase da Operação Faroeste, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Rondonópolis (210 km de Cuiabá–MT) e em dois municípios baianos.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A ação já resultou na prisão de uma desembargadora e um juiz do estado nordestino, além de outros três advogados.
Segundo a PF, o grupo é acusado de diversos crimes, como corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência.
Operação Faroeste
A primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2019. Na ocasião, quatro advogados foram presos e 40 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Seis magistrados também foram afastados e tiveram um procedimento investigativo instaurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 29 de novembro, a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foi presa. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), a magistrada estaria destruindo provas e descumprindo a ordem de não manter contato com funcionários.
Indícios sobre isso foram reunidos pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF).
Na última fase, que ocorreu em dezembro e foi batizada de ‘Estrelas de Nêutrons’, quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o objetivo de obter provas complementares da possível lavagem de ativos.
Os alvos foram um joalheiro e um advogado.