A Polícia Federal está realizando uma força tarefa para cumprir quatro mandados de prisão e outros 18 de busca e apreensão contra suspeitos de praticar desmatamento ilegal na região da Amazônia. As 22 ordens judiciais expedidas pela Operação SOS Jamanxim, deflagrada nesta quarta-feira (6), estão sendo cumpridas em Mato Grosso, Pará e Santa Catarina.
A Justiça também determinou o sequestro/bloqueio de mais de R$ 310 milhões como forma de reparação do dano ambiental, conforme valores quantificados em laudos periciais.
As investigações da Polícia Federal, que utilizam dados de imagens de satélite de alta resolução do Programa Brasil Mais (PLANET), apontam que a organização criminosa desmatou mais de 30 mil hectares de floresta, que equivalem a 30 mil campos de futebol. Os laudos demonstram que cerca de 16 mil hectares desmatados estão localizados dentro da FLONA DO JAMANXIM, acumulando desde a sua criação mais de 160 mil hectares de floresta devastada.
A modalidade de desmatamento praticada na área – corte raso – é considerada a mais danosa à natureza, pois realiza a remoção total de qualquer forma de cobertura vegetal, com objetivo de promover plantio de pasto e criação de gado.
O modus operandi dos criminosos era sempre o mesmo: eles invadiam terras públicas da União, faziam o corte seletivo da madeira economicamente viável e, depois, suprimiam toda a vegetação, inclusive, com uso de fogo, para plantio de pasto e criação de gado.
Os crimes investigados são: associação criminosa, desmatamento em unidades de conservação e/ou terras públicas, usurpação de terras públicas, produção de documentos falsos e uso de documentos falsos, todos crimes descritos no Código Penal Brasileiro e na Lei Ambiental, com penas previstas superiores a 20 anos de reclusão.
O nome da operação faz alusão à área da Unidade de Conservação desmatada.