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Peritos refazem suposta rota de carros no dia da morte de Bernardo

 
Bernardo foi encontrado morto no dia 14 deste mês enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde morava com a família. Ele estava desaparecido desde 4 de abril. O pai do menino, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugolini e a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da mulher, estão presos temporariamente por suspeita de envolvimento no crime.
 
As informações colhidas durante a perícia servirão para elaborar cálculos técnicos de tempo e distância. Pela manhã, os peritos foram até a casa onde a família residia em Três Passos. Acompanhada da Polícia Civil, a equipe ficou do lado de fora, tirou fotos e fez anotações. Em seguida, eles visitaram uma loja de autopeças, onde tiraram fotografias, antes de seguirem para Frederico Westphalen.
 
Em Frederico Westphalen, os peritos também pararam em frente ao posto de combustíveis próximo ao prédio onde Edelvania morava. À tarde, a equipe ainda deve visitar o apartamento da assistente social, que revelou o localização do corpo, e o matagal na zona rural do município, onde o corpo do menino foi encontrado enterrado em uma cova rasa.
 
Entenda
Bernardo foi visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
 
No início da tarde do mesmo dia, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
 
O pai registrou o desaparecimento do menino no domingo (6), e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen.
De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.
 
G1

Redação

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