Preço da cesta básica em Cuiabá tem ligeiro aumento semanal (+0,4%) e atinge patamar de R$ 779,57. Desta vez, a alta no valor médio do sacolão com itens essenciais de alimentação, higiene e limpeza foi puxada pela disparada do tomate, que ficou quase 13% mais caro em relação à primeira semana do mês. No comparativo anual, a fruta saltou 32,7% e a alta pode estar ligada a baixa produção e colheita em razão do clima.
Com isso, o custo voltou a ficar 1,57% maior no comparativo com o mesmo período do ano passado, o que não ocorria há 11 semanas. 6 dos 13 itens averiguados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) apresentaram recuo no preço.
Com sua segunda queda consecutiva, a batata mostra uma variação de -9,09% essa semana, com preço médio de R$ 9,66/kg, o que pode ter relação com uma oferta um pouco maior e uma demanda mais baixa, em observação ao período de carnaval. O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, reforça o recuo no preço do tubérculo, que na variação anual apresenta uma elevação de 61,30% no custo.
“A queda observada para a batata reduz o patamar de preço para o tubérculo, favorecendo seu consumo e a quebra de tendência de alta que fez com que seu preço quase dobrasse na comparação anual, podendo diminuir o nível de preços atuais, a depender da sua disponibilidade nas próximas semanas”, reforçou Wenceslau Júnior.
Com a primeira queda em sete semanas, o pão francês tem diminuição de 2,97%, com seu preço médio passando para R$ 17,68/kg. O recuo, segundo o IPF-MT, tem influência da dinâmica local de preço e o cenário positivo para as perspectivas do mercado do trigo no mundo. Além disso, sua cadeia, ligada ao leite e à farinha de trigo, se mostra favorecida, uma vez que os dois itens apresentam tendência de queda por várias semanas em Cuiabá.
O presidente da Fecomércio-MT também destaca a retomada do preço da cesta básica em nível superior do que o observado no mesmo período do ano passado. “Nessa semana, depois de muitos períodos de forma inversa, o valor da cesta retoma nível superior ao averiguado no mesmo período do ano passado, o que pode ser um alerta sobre o aumento dos preços dos alimentos e o impacto no consumo das famílias cuiabanas”.
Ainda assim, Wenceslau Júnior conclui que “apesar de existirem aumentos expressivos concentrados em alguns alimentos, o que pode contribuir com essa perspectiva, ainda há nove dos 13 alimentos que estão em queda na comparação anual”.