O governador Pedro Taques (PSDB) deve se reunir com o secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Mauro Zaque, e com o secretário-executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo, na tarde desta terça-feira (22), para conversar a respeito do pedido de exoneração de Zaque.
Fábio Galindo é o mais cotado para substituir Zaque. Ele é sobrinho do ex-prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) e, assim como Zaque, é promotor. Galindo atua no Ministério Público de Minas Gerais e veio para Mato Grosso em 2015 para trabalhar na gestão de Taques.
Uma das crises enfrentadas pela Sesp na gestão de Zaque foi o clima de terror instalado no bairro Pedregal, em Cuiabá, em função de terem ocorrido três execuções em menos de 72 horas na mesma rua. A pasta montou uma força-tarefa para restabelecer a segurança no local.
Por outro lado, houve redução do número de homicídios na capital. Em 2015, já foram registrados 380 homicídios em Cuiabá, faltando uma semana para encerrar o ano, enquanto em 2014 esse número ultrapassou os 500.
“Quero parabenizar Mauro Zaque e Fábio Galindo pelo trabalho realizado, que foi um trabalho forte e, consequentemente, causou polêmica. Os índices revelam que o trabalho foi muito bem feito pelos dois secretários”, afirmou Taques durante entrevista em um programa de televisão.
No entanto, ele não admitiu qualquer crise entre os secretários e a cúpula da Polícia Militar, que nos bastidores é ventilada como causa do pedido de demissão de Mauro Zaque. Com a saída da pasta, Zaque deve voltar para o Ministério Público do Estado (MPE), onde atua como promotor.
Em um ano de governo, esse é o terceiro secretário que pede para deixar o cargo. O primeiro foi o coronel Antônio Ribeiro Leite, que deixou a Casa Militar em agosto e foi substituído pelo também coronel Airton Benedito Siqueira Junior. O segundo foi o secretário de Saúde, Marco Bertulio, que deu lugar ao também médico Eduardo Bermudez.