Política

Pedido de CPI trava pauta e serve de promoção eleitoral, diz Renivaldo

O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) disse que a articulação para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), contra o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), travou a análise de pautas importantes na Câmara de Cuiabá, como LOA (Lei Orçamentária Anual) e PPA (Plano Plurianual).

O pedido de investigação começou a ser articulado pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) no início de setembro após a divulgação de vídeo, da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em que o prefeito Emanuel Pinheiro aparece recebendo maços de dinheiro de suposto pagamento de mensalinho.

Hoje, a instalação da comissão depende de uma assinatura para alcançar um terço do colegiado exigido pelo regimento interno da Câmara.

“Não se consegue discutir mais nada nesta Casa. Temos assuntos importantes para debater até o dia 20 de dezembro como PPA, LOA e planta genérica, que vai decidir o pagamento do IPTU no próximo ano. Há o risco de não se debater essas pautas de maneira apropriada porque o pedido da CPI está travando”, disse Renivaldo.

Ele afirma que o assunto está sendo usado como promoção eleitoral para as campanhas de 2018. Ao menos dez vereadores de Cuiabá devem disputar vagas para deputado estadual e federal.

“A CPI pode até ser aberta, mas será para passarem vergonha [vereadores a favor da comissão]. A Polícia Federal e o STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda nem compartilhou os processos. Não cabe à Câmara de Vereadores investigar isso. A CPI está sendo usada para promoção dos vereadores para eleições de 2018”.

Nesta segunda (6), o Renivaldo Nascimento disse que assinaria o pedido de instalação de investigação. Hoje, em entrevista ao Circuito Mato Grosso, ele afirmou que tomará essa decisão caso a veja como alternativa para destravar as pautas do Legislativo.

“Eu assino o pedido de qualquer outro vereador que me apresentar o documento, mas não vou dar audiência para o Bussiki. E posso assinar para ver se o debate sobre as matérias importantes entre em pauta, pois não acredito que a CPI vá para frente. É vergonhoso tentar abrir essa CPI”.

Marcelo Bussiki quer investigação sobre a legalidade da permanência de Emanuel Pinheiro em cargo por causa da denúncia de que teria recebido dinheiro para apoiar a gestão de Silval Barbosa (2010-2014), à época que exercia mandato de deputado estadual.

Até o momento Bussiki conseguiu adesão de oito dos nove vereadores necessários para abrir a investigação. Além de Bussiki, apoiam a CPI Dilemário Alencar (PROS),  Felipe Wellaton (PV), Elizeu Nascimento (PSDC), Sargento Joelson (PSC), Diego Guimarães (PP) e Gilberto Figueiredo (PSB).

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Redação

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