Imprensa Viva
Se as coisas não estão nada animadoras para a JBS no Brasil, a situação da empresa também não é das melhores nos Estados Unidos, para onde os irmãos Joesley e Wesley Batista levaram 80% de seus negócios.
O maior sindicato de carne bovina dos Estados Unidos enviou uma cara ao presidente americano Donald Trump pedindo que a empresa seja expulsa do país. O grupo formado pelos maiores pecuaristas americanos também pediu que o departamento de justiça americano rejeite qualquer tipo de acordo de leniência proposto pela JBS, controlada pela J&F.
No documento de 11 páginas, o sindicato RCALF United Stockgrowers of America descreve as ações ilícitas envolvendo a empresa dos irmãos Batista e ainda pede que o governo investigue profundamente as atividades da JBS nos Estados Unidos.
A JBS é acusada de ter construído um monopólio e império da carne através de meios ilegais, a carta também pede que todo bem da companhia baseado nos EUA seja "imediatamente alienado".
A empresa também não tem mais futuro no Brasil. Alvo da ira dos consumidores, a JBS se tornou alvo de investigações da Polícia Federal, perdeu sua linha de crédito de R$ 9 bilhões na Caixa, teve um contrato de fornecimento de gás com a Petrobras cancelado e pode ter seu controverso acordo de leniência desfeito. O Grupo praticou crimes no mercado financeiro logo após firmar o acordo com a Procuradoriageral da República.
De acordo com matéria publicada no Estadão, "o documento, assinado pelo presidente do sindicato, Bill Bullard, sugere que a apuração cheque as relações da empresa com membros do congresso, funcionários e oficiais do departamento de justiça, do departamento de agricultura, do CFTC (Commodity Futures Trading Comission) e de outras agências federais.
"Uma investigação completa é necessária para determinar a dimensão completa das potenciais atividades ilegais da JBS realizadas nos Estados Unidos e o impacto que estas ações tiveram no maior segmento da agricultura americana a indústria do gado vivo", afirma trecho da carta, também encaminhada às agências e departamentos citados".