Em 2014, o País fechou mais empresas do que abriu pela primeira vez desde 2008, quando foi iniciada a série histórica do Cadastro Central de Empresas (Cempre). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam que, naquele ano, o Brasil tinha 4,6 milhões de estabelecimentos ativas.
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Os dados apontam que, em 2014, as instituições privadas eram responsáveis por ocupar 41,8 milhões de pessoas, das quais 35,2 milhões eram assalariadas e 6,6 milhões estavam na condição de sócio ou proprietário. A movimentação relacionada a salários e remuneração totalizou R$ 939,8 bilhões, com salário médio mensal de R$ 2,03 mil, equivalente a 2,8 salários mínimos.
O IBGE também analisou a taxa de sobrevivência no mercado e a idade média de cada estabelecimento. As informações são atualizadas anualmente pelo IBGE a partir de informações levantadas junto às empresas dos setores da indústria, construção, comércio e serviços a partir do Sistema de Manutenção Cadastral (Simcad) e de informações administrativas do Ministério do Trabalho.
Concentração no comércio
O levantamento indicou que o comércio é o setor que concentra o maior número de instituições privadas, sendo a atividade que representou os maiores ganhos e as maiores perdas em pessoal ocupado assalariado, resultado de movimentos de entrada e saída de empresas do mercado em 2014.
De acordo com a pesquisa, o setor concentrava 44,9% do total dos estabelecimentos no País, equivalente a 2 milhões de estabelecimentos. O destaque ficou para as 289,3 mil novas empresas e 1,8 milhão que se mantiveram ativas. Por outro lado, 437.7 mil instituições na área do comércio foram fechadas.
Índices de sobrevivência
No período pesquisado, 3,8 milhões de empresas sobreviveram ao mercado, representando 84,1% do total, volume inferior ao verificado em 2013. O número cai se levarmos em consideração apenas os estabelecimentos com mais tempo de existência. Ao final de 2014, apenas 39% das organizações criadas cinco anos antes ainda estavam ativas no mercado, ou seja, mais de 60% não conseguiram sobreviver.
Entre 2010 e 2014, a áreas de "Saúde humana e serviços sociais" (55,3%), "Atividades imobilárias (51,5%) e "Atividades profissionais, científicas e técnicas (47,3%) foram as que registraram as maiores taxas de sobrevivência. Das empresas ativas no final daquele ano, 31,2 mil (0,7%) eram de alto crescimento, pois apresentaram aumento médio do pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, durante três anos, tendo pelo menos 10 pessoas contratadas no ano de sua criação.
Fonte: IG