Os pais dos quíntuplos, Karina Bárbara Barreira e João Biagi Júnior, divulgaram a primeira foto dos dois primeiros bebês que receberam alta no último dia 15 de maio, Artur e Gabriela. Os outros três bebês (Melissa, Laís e Giulia) seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Sepaco, na Zona Sul da capital paulista.
A fotografia foi divulgada na página “Os Quíntuplos Chegaram” e já tinha mais de 8 mil curtidas na manhã desta quarta-feira (24). Segundo a legenda, a imagem foi feita no dia 19, quatro dias depois de os bebês receberem alta.
A família escreveu: “Do dia 19/06, de saída do hospital – maternidade com o papai e a mamãe. Para as instalações na Vila Mariana, agora esperando pelas 3 irmãzinhas. Obrigado a todos, e especialmente a dona Patricia Garcez Machon, que disponibilizou o imóvel.”
Artur e Gabriela, dois dos quíntuplos nascidos no dia 13 de abril em um hospital de São Paulo receberam alta no dia 15, mais de dois meses após o parto. A mãe de quíntuplos, a encarregada de vendas Karina Bárbara Barreira, de 35 anos, que é de Santos, teve alta no dia 23 de abril.
Artur nasceu com 1,185 kg e agora está com 2,5 kg. Já Gabriela nasceu com 715g está com 1.930g. Melissa (2.165kg), Laís (2.260kg) e Giulia permanecem internadas, mas evoluem de acordo com o esperado. Melissa e Laís ainda apresentam um certo desconforto respiratório e precisam de eventualmente de oxigênio.
O problema é comum em crianças que nascem de parto prematuro. Apenas Giulia, que provocou a antecipação do parto, segue na incubadora, mas chama a atenção da equipe médica pela vitalidade. Giulia nasceu 595g e já está com 1.600g.
Nos dois meses que permaneceram internados, Karina que já estava de alta cumpriu uma rotina que começava por volta de 11h. Ela, que foi internada por precaução em 10 de março, revezava o tempo todo com as crianças no canguru e tirava leite para aqueles que ainda não conseguiam mamar no peito. Atualmente, todos já mamam no peito e apenas o complemento é feito pela mamadeira. “A Gabriela é a mais esfomeada. Já o Artur tem que acordá-lo para mamar”, contou.
Casa
A casal não pode voltar para Santos nesse momento já que Karina precisa ficar perto do hospital para dar assistência às crianças que seguem na UTI. “A gente está tendo dificuldades e está precisando de ajuda, porque a gente não tem para onde ir. A gente está precisando de um lugar próximo do hospital. Para eu ter essa facilidade porque eles estão em fase de aprendizado. A gente já começou e agora tem que parar. Eu faço questão de dar o leite materno para todos eles”, disse mãe.
Os pais buscam alugar uma casa por cinco meses. A casa da irmã de Karina fica na região de Pirituba e o deslocamento até o hospital é de uma a uma hora e meia de deslocamento. A casa ainda tem cachorro e a irmã de Karina está muito gripada.
Os bebês não apresentam sequelas, mas devem ser acompanhadas de perto pelos pediatras. “O prematuro ele é uma caixinha que você tem que cuidar dela a vida toda. Cada vez mais a gente percebe algumas coisas que nós não pegamos no período neonatal pode vir a aparecer lá para frente. Eles vão ter que fazer alguns exames para buscar coisas que podem ter acontecido. Aparentemente não tem sequelas, mas isso não é uma garantia. A gente tem que ter essa certeza com o desenvolvimento deles”, afirmou o superintendente médico do hospital.
Após o parto, Karina perdeu 12 kg. Ela ficou dois dias na UTI e os restantes no quarto. De acordo com os médicos, ela chegou a ter uma crise de hipertensão provavelmente motivada pelo estresse, o que foi rapidamente controlado. Questionada sobre o futuro, a mãe diz tentar controlar a ansiedade. “É um dia de cada vez”.
Karina, que tentou por cinco anos engravidar, deixa um recado para mulheres que ainda estão tentando. “Não desistam”, afirmou. Ela não precisou recorrer a uma inseminação artificial.
As crianças, de acordo com os pais, são muito parecidas. “Não dá para distinguir qual é qual. O menino dá para saber, claro, mas as meninas são muito parecidas”, contou a mãe.
Fonte: G1