Rápido, prático e seguro. Esses são alguns dos atributos que fizeram o uso do Pix quase dobrar em 2023 no Brasil. Estudo feito pelo Itaú Unibanco aponta que, no comparativo com 2022, o volume de transferências para a aquisição de produtos e serviços subiu 99%. Além disso, o montante movimentado teve aumento de 55% no ano anterior, enquanto que o ticket médio de compras foi de R$ 313.
Em Mato Grosso, o Pix foi a 4ª modalidade de pagamento mais utilizada nas compras de Natal em 2022 – atrás do cartão de crédito, dinheiro e cartão de débito. Na mesma época do ano seguinte, o mecanismo pulou para a 2ª posição, passando de 13% para 20% na preferência dos consumidores.
De acordo com o empresário Roberto Peron, proprietário de uma loja na região central de Cuiabá, os pagamentos por meio do sistema de transferências instantâneas subiu quase na mesma proporção. Ele destaca que o Pix é utilizado na maioria dos pagamentos à vista e já representa 40% das vendas do estabelecimento.
Além de eficaz, esse é um modelo seguro, que reduz a circulação de dinheiro e a incidência de roubos e furtos. Outro ponto positivo é a rapidez com isenção de cobrança. Mesmo nas compras com o cartão de débito, em que o dinheiro sai da conta do cliente de forma instantânea, o lojista leva cerca de um dia para receber o valor e já com descontos do cartão.
Novidades à vista
Conforme o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, a tendência é que a ferramenta aumente ainda mais a adesão nos próximos anos graças à expansão do leque de recursos oferecidas. “O Pix veio para revolucionar o mercado financeiro e continua nos surpreendendo. A agenda de novas funcionalidades está sempre em evolução. Para 2024, já está previsto o Pix Automático e temos, em estudo, a possibilidade de realizar transferências internacionais. Essas ferramentas deverão aumentar ainda mais as operações”, ressalta.
Popular, mas não unânime
Apesar do hábito crescente na utilização, uma parcela pequena dos consumidores ainda resiste em efetuar transações por Pix. As principais barreiras são o medo de clonagem e roubo de dados (20%), o receio de não ser aceito pelas empresas (18%) e a falta de confiança na plataforma (15%).
Fonte: A Gazeta