Economia

Pacote de concessões que será apresentado hoje terá lucro de até 15%

As taxas foram elevadas depois de reclamações do setor privado, de que os lucros previstos nos planos do governo eram baixo demais para garantir os investimentos.

A intenção de rever os modelos por falta de interesse nos leilões foi antecipada pela Folha no começo do mês.

Ed. de arte/FolhapressNas concessões de rodovias, o ministro Guido Mantega (Fazenda) vai anunciar que a taxa de retorno dos investimentos pode chegar até 15% ao ano –a anterior era de 5,5%.

Se chegar a 15%, vai se aproximar dos ganhos de concessões dos anos 1990, apontadas por integrantes do atual governo como responsáveis, por exemplo, pelos altos valores de pedágios em rodovias como a Dutra (SP-RJ) e ponte Rio-Niterói (RJ).

O governo aposta, porém, que a mudança vai atrair mais concorrentes, evitando exatamente a cobrança de valores elevados de pedágio.

Nas ferrovias, a taxa de retorno pode chegar a 12,5% ao ano, contra 6,5% anteriormente. O aumento das taxas de retorno de investimento foi possível porque o governo aumentou o prazo de concessões e as condições de financiamento dos projetos.

A taxa de retorno para a concessão ao setor privado do TAV (Trem de Alta Velocidade) vai passar de 6,32% para 11,57% ao ano.

Os novos percentuais estão sendo divulgados no "road show", excursão para tentar atrair investidores, que começa hoje em Nova York e deve passar por Londres e Tóquio.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) vai apresentar um programa de investimento em infraestrutura e energia num total de R$ 470 bilhões. Vai destacar que o governo decidiu lançar as concessões ao setor privado por avaliar que a estrutura atual não é suficiente para garantir competitividade ao país.

A presidente aposta nas concessões para reverter o clima negativo da economia, que começou o ano com atividade ainda em ritmo lento.

O governo já considera um bom resultado um crescimento de 3% em 2013 e acredita que os investimentos em infraestrutura terão impacto real em 2014, ano da eleição para presidente, quando seria possível crescer 4%.

Fonte: FOLHA.COM

Redação

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