O contrato mais líquido do ouro fechou em alta superior a 1% nesta sexta-feira, 1º de agosto, e quebrou o movimento de baixa registrado nas duas últimas sessões. O metal dourado foi impulsionado pela forte queda dos juros dos Treasuries e do dólar, após o relatório de emprego (payroll) de julho dos Estados Unidos mostrar criação de empregos aquém do esperado e grandes revisões de queda nos números de maio e junho.
O ouro com vencimento em outubro encerrou em alta de 1,57%, a US$ 3.373,20 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex). Na semana, o metal avançou 1,13%.
Para o ING, o fraco payroll mostra o mercado de trabalho americano perdeu força ainda mais cedo do que se pensava e intensificará a pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) afrouxe a política monetária, o que deve beneficiar o ouro.
De acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group, as chances de o BC norte-americano reduzir os juros em setembro eram de 82,8%, enquanto um corte acumulado de 75 pontos-base (pb) até dezembro era visto como o cenário mais provável. Antes do dado, o mercado vinha apostando em manutenção da taxa básica naquele mês.
Segundo o Commerzbank, os preços do metal dourado podem avançar ainda mais, caso os próximos dados econômicos dos EUA sejam fracos. “Continuamos a ver potencial de alta no médio prazo para o ouro”, avalia. O banco alemão ainda menciona que o Conselho Mundial do Ouro publicou o avanço da demanda por ouro no segundo trimestre de 2025, o que reflete o aumento da demanda por ouro como um porto seguro.
Na noite da quinta-feira, Trump também assinou uma ordem executiva que impõe tarifas de importação sobre produtos de 69 parceiros comerciais, com alíquotas entre 10% e 41%. Preocupações com a política comercial americana fizeram os preços do ouro subirem, anteriormente.
*Com informações da Dow Jones Newswires