Em doze capítulos os jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber descrevem como o maior tribunal do país em termos de poder político lida com suas vicissitudes, com sua comunicação internamente, dialoga com o mundo fora das janelas de vidro de sua sede atuando no processos e se relaciona politicamente.
Recondo e Weber trabalharam nos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo cobrindo o dia a dia da Suprema Corte e a utilização do número onze no título do livro traz o simbolismo referente aos onze ministros de compõem a Suprema Corte de Justiça brasileira, que atuam como “onze ilhas”, na expressão cunhada pelo saudoso ministro Sepúlveda Pertence.
Essa expressão “onze ilhas” é a chave de interpretação de como funciona o Supremo Tribunal Federal, com a proliferação de decisões monocráticas e a sucessão de embates internos, num momento em que a Corte estava sob forte ataque do governo federal da época e dos militantes nas redes sociais.
O livro traz várias histórias que descrevem os contornos, as causas e as consequências dos grandes casos em que o Supremo Tribunal se envolveu, como o inquérito das Fake News que o ministro Dias Toffoli determinou a abertura e que o ministro Alexandre de Moraes é até hoje o seu relator, onde várias decisões proliferaram durante o período do governo Jair Bolsonaro.
O livro foi construído ao longo de vários anos, onde Recondo e Weber fizeram centenas de entrevistas com todos os ministros da composição na época, além de ex-ministros e uma grande quantidade de outros personagens, para tentar alcançar o máximo possível da realidade cotidiana do Pretório Excelso.
Os onze: o STF, seus bastidores e suas crises.
Felipe Recondo e Luiz Weber
1ª. Edição
São Paulo: Companhia das Letras, 2019