A Agência das Nações Unidas para Refugiados ( Acnur) acaba de lançar no Brasil uma campanha com o tema #GenteDaGente para mostrar que os refugiados são pessoas como quaisquer outras.
A agência diz que ainda existem mitos de que estas pessoas seriam “terroristas”, “fugitivos” ou que “roubarão os nossos empregos” e que a campanha pretende informar melhor a esse respeito.
Segundo o representante da Acnur no Brasil, José Egas, “refugiados são pessoas que têm sonhos e planos para um futuro melhor, como qualquer um. A campanha mostra exatamente isso, e está sendo lançada para informar e gerar empatia no público brasileiro.”
Empatia e solidariedade
O conceito de comunicação da campanha se baseia nas palavras empatia e solidariedade. A iniciativa reúne o potencial de compaixão dos brasileiros com a história de alguns refugiados, criando conexões interpessoais.
A diretora da campanha, Carla Cancellara, disse que “a vida dos refugiados não era diferente das nossas antes de deixarem seus países: todos tinham e continuam tendo famílias, amigos, sonhos e um objetivo para o futuro.”
Para Carla, o objetivo é mostrar“essa percepção de identidade e, assim, trazer à tona o perfil solidário arraigado em cada um”. Ela disse que “a campanha oferece ao público uma oportunidade de mostrar na prática a solidariedade, através de um manifesto de apoio aos refugiados que pode ser assinado por qualquer pessoa que queira se engajar causa dos refugiados.”
Anúncios, filme e ações
A campanha #GenteDaGente mostra refugiados que estão reconstruindo suas vidas no Brasil, apresentando brevemente as suas histórias. A iniciativa é composta por anúncios, filme e ações para gerar envolvimento nas redes sociais.
Participam o venezuelano Carlos, que é jornalista e tem 35 anos; Lúcia, de 21 anos, que é estudante e refugiada da República Democrática do Congo; e Rama, uma professora síria de 33 anos.
A chefe da unidade de parcerias com o setor privado do Acnur Brasil, Natasha Alexander, diz que “todos os que estrelam a campanha são pessoas com grande potencial.”
“A ideia é que, conhecendo as histórias de alguns dos mais de 11 mil refugiados e solicitantes de refúgio que hoje vivem no Brasil, os brasileiros fiquem ainda mais sensibilizados e os acolham bem, sem nenhum tipo de preconceito,” explicou.