Economia

Oi encerra 2016 com prejuízo de R$ 7,1 bilhões

A operadora de telefonia Oi informou nesta quarta-feira (22) que teve prejuízo líquido de R$ 7,1 bilhões em 2016, acima dos R$ 6,6 bilhões registrados em 2015. A empresa enfrenta uma severa crise financeira e está em recuperação judicial desde junho de 2016.

Considerando apenas o resultado do quarto trimestre, a empresa teve prejuízo líquido de operações continuadas de R$ 3,3 bilhões, uma queda de 29,8% sobre um ano antes.

Segundo a empresa, o resultado anual foi impactado principalmente por uma baixa contábil de R$ 2,8 bilhões referentes a créditos tributários sobre prejuízo fiscal, refletindo estimativas de resultado tributário do plano de recuperação judicial.

O prejuízo antes dos impostos no ano passado foi de R$ 3,2 bilhões, perda 47% menor do que a registrada em 2015.

Receita cai 5,7%
Alvo de uma intensa disputa de propostas de credores e acionistas pelo futuro da companhia, a Oi anunciou nesta quarta-feira que sua receita líquida de outubro a dezembro caiu 5,7% ano a ano, para R$ 6,32 bilhões, em função do corte das tarifas de interconexão e de ligações fixo-móvel, e da queda na base de clientes, atribuída pela empresa à economia brasileira em recessão.

A Oi pediu em junho a maior recuperação judicial da história do país, com dívidas de cerca de cerca de R$ 65 bilhõe.

A companhia terminou com caixa disponível de R$ 7,85 bilhões, queda de 53% sobre 2015.

A dívida líquida somou R$ 40,3 bilhões, alta de 5,7% na comparação anual.

O conselho de administração do grupo de telecomunicações Oi divulgou nesta quarta-feira novos termos para o plano de recuperação judicial da empresa, propondo aos credores redução de prazo de carência de pagamento de juros e de principal, além de emissão de bônus.

A empresa afirmou que o plano prevê agora um corte no prazo de carência de pagamento de juros de 7 para 4 anos no caso de credores classe 2 e no caso de credores classe 3 o prazo foi reduzido de 7 para 6 anos e a taxa de juros passa de 8% ao ano para o equivalente a 65% do CDI.

O conselho também propôs emissão de R$ 2,8 bilhões em novo bônus para credores classe 3 com conversão, além de R$ 3,9 bilhões em um bônus conversível.

Redação

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