Variedades

Obcecada por um filho, Juliana de Vanessa Gerbelli deve virar vilã

 
Após o atropelamento exibido na última sexta-feira (14), Gorete fica em estado grave, mas terá uma súbita melhora. Diante disso, Juliana vai correr para o hospital e terá um comportamento que indicará que fez algo para matar Gorete. Sem despertar a atenção de médicos e enfermeiros, a tia de Helena (Julia Lemmertz) entrará na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e constatará que Gorete está consciente.
 
Ela falará que está feliz com a melhora da jovem e que está cuidando de Bia como se fosse sua mãe, deixando Gorete um tanto aterrorizada. “Descansa, querida, eu tenho que ir. Você sabe que no que depender de mim, a nossa filha vai ser a criança mais feliz do mundo. Vai ter tudo do bom e do melhor”, falará Juliana, despedindo-se.
 
Logo depois, um plantonista verá que o aparelho respiratório de Gorete está emitindo um sinal sonoro e que ela morreu.
 
Vanessa Gerbelli acha que é possível Juliana virar uma vilã, mas afirma que por enquanto se trata apenas de “uma mulher desequilibrada que precisa de ajuda”. Por e-mail, a atriz respondeu perguntas do sobre sua volta para TV Globo, o contato que tem com Manoel Carlos, o reencontro com Bruna Marquezine _que viveu sua filha em Mulheres Apaixonadas (2003)_ e como está construindo essa complexa personagem.
 
Depois de nove anos fora da Globo, você voltou em um dos principais papéis da última novela de Manoel Carlos. O que isso representa na sua vida?
 
Vanessa Gerbelli – Vejo isso tudo com grande contentamento. Nesses anos, fiz trabalhos importantíssimos para o meu amadurecimento como atriz e como pessoa. Trabalhei com Amir Haddad e Domingos Oliveira. Fiz filmes, escrevi roteiro e ganhei prêmios. Acredito que o papel tenha vindo num momento em que me sinto segura para fazê-lo. Experiência conta muito e fiquei muito feliz pelo Manoel Carlos ter me escolhido para fazer esta personagem. 
 
É verdade que Manoel Carlos se emocionou ao ver a cena em que Juliana se ajoelha e implora para Gorete não levar a filha “delas” embora?
 
O Manoel Carlos é um autor muito carinhoso. Um dia ele foi ao estúdio visitar os cenários e o Jayme [Monjardim, diretor-geral da trama] mostrou a cena que havíamos gravado no dia anterior, aquela em que a Juliana implora. Eu estava no estúdio e ele foi pessoalmente falar o quanto havia se emocionado, foi generosíssimo. Quando leio algumas cenas dele, imagino que ele próprio às vezes deva chorar ao escrever. Têm muito sentimento, têm poesia. Se ele se emociona ao assistir a cena pronta, penso que o meu dever como atriz foi cumprido.
 
Você fez a Fernanda, de Mulheres Apaixonadas, mãe de Salete, vivida por Bruna Marquezine em 2003. Como é se reencontrar com a sua própria história e com a Bruna Marquezine adulta?
 
É um barato porque é familiar. Diferente, mas familiar. Leio os capítulos do Maneco [apelido de Manoel Carlos] com a mesma admiração e prazer com que fazia há dez anos. Estar em contato com a Bruna de novo é muito bom e divertido também, porque hoje ela é uma atriz madura, segura, uma mocinha linda, como anunciava aos oito aninhos. O Domingos Oliveira diz que o tempo passa como um rato na sala. Muita coisa aconteceu nesses dez anos, mas passou muito rápido.
 
Nas redes sociais, o público comenta que você roubou a cena na chegada da terceira fase da novela e que deveria ser a Helena. Como você vê isso? Você acompanha as redes sociais?
 
Acompanho, sim. Não a toda hora, mas comecei a usar meu Twitter e Instagram há algum tempo. Elogio é sempre gostoso, principalmente quando coroa um esforço nosso.  Aproveito para elogiar a Julia [Lemmertz], que é uma das minhas atrizes favoritas brasileiras. Eu já imaginava que as cenas de Juliana fossem dar o que falar porque são muito intensas e polêmicas. Muito bem escritas. A terceira fase está só começando e o público vai ver cenas maravilhosas das personagens do Maneco, que como ele mesmo diz: "Escreve sem pudores”.
 
A personagem é complexa. Quais ingredientes você buscou para aflorar esse “vazio” dela por não ter tido um filho? Você fez laboratório ou teve uma preparação diferenciada?
 
Trabalho com a Katia Achcar, que é psicóloga e traça um perfil psicológico das personagens, acompanhando as cenas. Estou estudando sobre a histeria, estou lendo sobre depressão, vendo filmes que me sirvam de referência. Tivemos também a Rossela Terranova e a Susanna Kruger, preparadoras que trabalham ao lado dos diretores e dentro dos estúdios, nos dando toques preciosos. Acho que todo trabalho de ator tem que partir dos afetos. Busco músicas, textos, poemas, pinturas, tudo que desperte as emoções que estão de acordo com a personagem. No caso de uma personagem complexa assim, o trabalho não tem fim, é coisa para se pensar a toda hora. Fazer associações, lembrar das falas, entender como e porque diria aquilo.
 
Juliana usará todas as armas para ter como filha essa menina que ela “adotou no coração”. Isso quer dizer que ela vai se tornar uma vilã?
 
É possível, mas o que eu vejo a princípio é uma mulher desequilibrada que precisa de ajuda.
 
A obsessão da personagem crescerá ainda mais após a morte de Gorete?
 
Sim, ela vai achar que o caminho está livre para a adoção.
 
Como foi sua saída da Record e quais trabalhos você destaca nos anos que trabalhou na emissora?
 
Foi tranquila, meu contrato estava acabando e havia a possibilidade de fazer esta novela. Saí de lá com a certeza de ter tido ótimas experiências. Ressalto A História de Ester [2010], que foi um trabalho muito prazeroso.
 
Notícia da TV

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Variedades

BBB: Yuri pede Natália em namoro

  Yuri vai direto ao assunto: "Você quer namorar comigo?". A sister espantada questiona: "Sério?". O veterano continua: "Te perguntei!
Variedades

Tristeza faz Zeca Pagodinho cancelar a festa de seus 54 anos

  Em entrevista ao jornal O Dia, Zeca deixou de lado a faceta de boêmio e brincalhão, e mostrou-se um