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O que você precisa saber sobre a socialização de cães

Já imaginou promover a infância de uma criança apenas dentro da própria casa, sem acesso ao ambiente externo e, consequentemente, sem conhecer o Mundo? Isso com toda certeza causará alguns problemas sociais futuramente, devido à falta de exposição. Com filhotes, o raciocínio deve ser o mesmo! Assim como os seres humanos, eles necessitam de uma socialização precoce.

O plano é simples: leve o cãozinho para diversos lugares, para conhecer novas pessoas, sons, lugares e outros pets, promovendo especialmente o relacionamento. Saiba que este é um processo imprescindível na educação canina, e caso esteja lendo essa matéria na quarentena, neste outro post separamos algumas dicas de como socializar um filhote em período de isolamento social.

Em qual período devo socializar meu filhote?

O tempo de socialização de um cão deve acontecer entre quatro e 14 semanas de vida. Durante esse momento, ele deve aprender principalmente sobre novos seres  e ambientes, isto é, o que é adequado e seguro. Este é o motivo pelo qual as pessoas carregam os filhotes para todos os cantos.

Mas se engana quem acredita que o processo para por aí! Um cão deve socializar durante toda a vida, mas especialmente entre um e três meses, já que esse é o momento em que ele precisa se adaptar e entender seu novo Mundo.

Como socializar meu pet?

Como dito acima, não existe segredo para garantir uma boa educação ao peludo desde o início da vida. Apresente-o para pessoas e animais diferentes com certa frequência. Um passeio em alguma praça pública ou receber amigos e  familiares em casa na companhia do peludinho é uma boa maneira de o expor.

Além disso, os pais devem levar o cãozinho para locais atípicos, desde bosques ou jardins, até em lugares onde há bastante gente, como próximo aos comércios do bairro onde mora.

O que você precisa saber sobre a socialização de cães

Efeitos positivos

É preciso ter em mente que a socialização só terá efeitos positivos se a vivência for positiva. Garantir uma boa relação com outros humanos e pets é crucial para o cãozinho assimilar que se interagir é conveniente e proveitoso.

Caso o pet seja exposto a pessoas que interagem inadequadamente ou a cães agressivos, provavelmente ele entenderá que humanos e outros animais são perigosos e assustadores. Por isso, é preciso estar bem atento local onde deve levar o filhote, já que suas experiências na infância podem definir o seu comportamento futuramente.

Sobre sons altos no ambiente, como tempestades, fogos de artifício ou barulhos de tráfego, é preciso mostrar ao pet que são inofensivos e, por isso, não deve-se temê-los. Pessoas e animais que se assustam com o barulho de fogos de artifício, por exemplo, costumam passar esse temor aos filhotes, devido à reação de apreensão de quando elas ouvem o barulho – isso traduz a eles como um mal que deve ser evitado.

Filhotes ansiosos

Infelizmente, alguns filhotes, por inúmeras razões, tendem a ser ansiosos e/ ou agressivos ainda muito jovens. Nessas circunstâncias, os pais precisam abusar da exposição e de estímulos, mas lembre-se: nunca os force a situações que eles consideram assustadoras, já que isso pode torná-los ainda mais ansiosos ou agressivos. Um exemplo disso é aquele filhote que tem medo de pessoas e odeia ser acariciado por estranhos devido ao pavor e o tutor faz questão de levá-lo ao centro da cidade, onde há uma enorme aglomeração de pessoas, e todas que passam tentam acarinhá-lo. O ato, além de não estar ajudando, pode desenvolver ainda mais a agressividade, afinal, o pet não deseja qualquer interação com outros humanos, mas está sendo forçado devido às circunstâncias.

Geralmente, pais de pets ansiosos e/ ou agressivos ouvem que eles precisam apenas ser socializados, mas a realidade é que a socialização não serve como tratamento para esses tipos de distúrbios. Já imaginou o risco de soltar um cãozinho indefeso em um parque cheio de crianças no “objetivo” de fazer com que ele se socialize? De fato, essa ideia é extremamente ruim e irá causar danos em ambas as partes.

O que você precisa saber sobre a socialização de cães

A socialização vai além das 14 semanas

O período entre quatro e 14 semanas é o momento onde o filhote começa assimilar os fatos e entender mais sobre o mundo e está mais aberto para as novidades. Entretanto, o processo de socialização deve ir muito além, afinal, o que adianta socializar um pet corretamente dentro deste período e depois privá-lo de interagir com outros humanos e animais? É indispensável que continue reforçando que pessoas, cães, sons e outros fatores e situações são bons e seguros.

Quais os danos de uma não socialização?

Sabe aquela criança mal-educada, que não respeita ninguém e se comporta muito mal na presença de visitas? Esse será o seu filho de quatro patas caso não tenha uma boa socialização durante a infância. Futuramente, as deficiências sociais do pet serão muito aparentes, pois ele fará pouca questão de se socializar e, de quebra, ainda será um cão agressivo.

Cães que não foram socializados corretamente ou simplesmente não passaram pelo processo durante o início da vida costumam ser ansiosos e medrosos com qualquer situação diferente. Por isso, é imprescindível que todos, sem exceção, sejam expostos à sociedade precocemente!

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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