Variedades

“Nunca me interessei por homens mais novos”, diz Tatá

Vencedora do prêmio Mulher Bacana do Geração Glamour 2018, uma das capas da nossa edição de abril e musa das telinhas com o programa Lady Night e a novela Deus Salve O Rei, Tatá Werneck é puro girl power. Engraçada, inteligente, poderosa e empoderada, ela é inspiradora não só por ter construído uma carreira de sucesso, mas também por quebrar uma sééérie de paradigmas e inspirar uma geração.

Em mais um trecho inédito da entrevista de Giovana Romani com Tatá, a artista fala sobre amor (oi, Rafa Vitti!), preconceito, machismo e muito mais. Vem ver!

Relutar em ficar com o Rafa [Tatá demorou dois meses para aceitar o pedido de namoro] é um reflexo disso? Nunca me interessei por homens mais novos. Ficava pensando por que dar uma chance se sabia que estávamos em momentos diferentes. Mas já estava acontecendo… O Rafa é um homem maduro, fora da curva, de uma família muito legal. Essa geração dele é livre de todas as formas e não tem uma série de preconceitos que a gente fala que não tem e continua tendo. Contei para minha mãe [a jornalista Claudia Werneck], que falou: “Não criei a minha filha para ser uma mulher tão preconceituosa”. Amoleci e, quando vi, fazíamos tudo juntos. Que bom!

Como lida com esse preconceito?
Acreditando no amor. Nunca um homem que é visto com uma mulher mais nova é questionado. É quase um troféu. Agora, quando um cara está com uma mulher mais velha, as pessoas ficam se perguntando o porquê. E tem mil motivos, né? Nunca é o amor. As pessoas já querem colocar um prazo de validade. Parece que, se algum dia – Deus me livre, em nome de Jesus! –, a gente não estiver junto, vai ser porque sou mais velha.

Sua mãe é a sua inspiração? 
Ela e minha avó materna, Vera, que me ensinou a ter fé. Minha mãe começou a se dedicar à questão da deficiência muito antes de se falar disso [autora de 13 livros sobre inclusão, Claudia é fundadora da ONG Gente do Bem]. Eu a admiro profissionalmente e como mãe. Essa é uma questão que ainda vivemos e na qual penso muito. Acharia o máximo gravar o Lady Night grávida, amamentaria no palco se precisasse. Outro dia vi uma parlamentar na TV, não lembro de qual país, amamentando no congresso. É isso. Não são vidas paralelas. Somos criadas com uma culpa tão grande, como se fosse errado ter tudo. Não é! Está tudo bem em ser muito feliz. Essa culpa é cultural… Total. Os caras falam que gostam de mulheres fortes, mas poucos sabem lidar com isso. Eu já me sabotei muito por causa de relacionamentos. Já fiquei com homens que me impediram de pegar prêmios, por exemplo, que tentavam me rebaixar para se sentir melhor, que competiam comigo. Hoje vejo que o companheiro incrível é aquele que se fortalece com a sua força.

Você sabe ser feliz sozinha? Sim! Sou zero carente e muito autossuficiente. Isso até, na verdade, foi o que atrapalhou muitas relações. Nem sei quantas vezes ouvi: “Você não tem tempo pra mim” e “Você só pensa no seu trabalho”. Sempre fui workaholic, faço teatro desde os 9 anos, cursei três faculdades ao mesmo tempo, mudei do Rio para São Paulo sozinha para entrar na MTV [em 2010].  Tenho minha casa, meu dinheiro, minhas coisas… Mas, mesmo quando não tinha, não sofria por estar sem ninguém. Inclusive nunca fui de ficar por ficar. Nada contra, mas não consigo.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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