Bloqueios e piquetes nos acessos principais a Buenos Aires e ao centro da capital, onde milhares de pessoas trabalham, foram organizados pelos grupos sindicais mais radicais desde a meia-noite desta quinta-feira para impedir a passagem de alguns transportes públicos, como táxis e ônibus que não aderiram à greve.Os temas centrais da greve são a queda do emprego, um imposto sobre a renda que afeta grande parte da massa trabalhadora e a inflação incontrolável que é vivida em um clima de incerteza financeira pelo bloqueio judicial de pagamentos da dívida argentina nos Estados Unidos, que empurrou a terceira economia da América Latina a um calote seletivo.
Maquinistas de trens, bancários, portuários, trabalhadores aeronáuticos, funcionários de hospitais públicos e caminhoneiros são alguns dos sindicatos que interromperam as atividades por 24 horas nesta quinta-feira e se somaram a outros sindicatos que na quarta-feira começaram uma greve por 36 horas.O sindicato dos motoristas de ônibus não aderiu à greve. Na primeira paralisação deste ano, em 10 de abril, esse sindicato cumpriu o objetivo de esvaziar as ruas, os postos de trabalho e as escolas.
No entanto alguns motoristas de vias que estão bloqueadas interromperam os serviços, enquanto outros exigiram que o governo garanta medidas de segurança.Os sindicatos denunciam que a inflação anual superior a 30% castiga sem piedade os bolsos dos trabalhadores, num momento em que a taxa de desemprego cresceu de 7,1% a 7,5%.Durante o dia não são esperadas manifestações ou concentrações na capital.
G1