Ainda desconhecida por parte dos brasileiros, a nota de R$ 200 completa três anos neste sábado (2). No período, a cédula de R$ 200 foi a que mais entrou em circulação. Ainda assim, ela segue como a de menor presença na economia nacional.
De acordo com dados do BC (Banco Central) atualizados até o dia 31 de agosto, há 131,3 milhões de unidades da mais nova face do real na mão dos brasileiros, o equivalente a apenas 1,75% de todas as cédulas em circulação.
O percentual de presença da nota de R$ 200 ainda é menor que as cédulas de R$ 1 (1,98% ou 148,6 milhões de cédulas), que deixaram de ser fabricadas em 2005 e muito cobiçadas por colecionadores nos dias atuais.
As notas de R$ 2 (1,58 bilhões), R$ 50 (1,78 bilhões) e R$ 100 (1,82 bilhões) são as mais presentes na carteira dos consumidores. Em menor proporção, aparecem as notas de R$ 5 (678.2 milhões), R$ 10 (636,1 milhões) e R$ 20 (714,7 milhões).
Apesar da baixa circulação, as notas de R$ 200 correspondem a pouco mais de 8% (R$ 26,2 bilhões) de todo o dinheiro vivo utilizado no Brasil, montante menor apenas do que as faces de R$ 50 (R$ 88,9 bilhões) e de R$ 100 (R$ 182,4 bilhões).
O economista e planejador financeiro Bruno Mori avalia que o aumento dos pagamentos digitais e a dificuldade em obter troco para as notas de maior valor, principalmente no comércio, ajudam a explicar a ainda baixa circulação das notas de R$ 200.
"Com o tempo e a inflação corroendo o poder de compra da população, é possível que a nota de R$ 200 passe a ser mais utilizada, mas como o dinheiro em espécie é cada vez menos usado, pode ser que isso não se concretize", afirma Mori.
Em nota, o BC afirma que o ritmo de utilização da cédula de R$ 200 evolui em linha com o esperado e descarta o fim da emissão das notas. "Qualquer nova denominação de cédula entra em circulação de forma gradual e de acordo com a necessidade", explica a autoridade monetária.
Desde setembro de 2020, as notas de R$ 200 foram as mais colocadas em circulação todos os anos, com salto de 21,5% somente nos últimos 12 meses. No intervalo, o total de cédulas de real inseridas na economia cresceu apenas 2,5%. Já nos últimos três anos, houve perda de 11,3%, o equivalente a quase 958,7 milhões de notas a menos em circulação.