O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, criticou nesta terça-feira, 7, a atuação do STF nos processos relacionados à operação. Por meio do Twitter, questionou: "Quantas pessoas o Supremo condenou até agora na Lava Jato, quase 6 anos depois?".
Dallagnol repercutia um comentário do procurador Roberson Pozzobon, que também integra a força-tarefa em Curitiba, sobre entrevista do ministro do Supremo Ricardo Lewandowski ao jornal El País. Na entrevista, o ministro declarou que as "operações foram extremamente seletivas".
Pozzobon afirmou: "A verdade é que com a decisão do STF que impôs o fim da prisão em segunda instância as solturas não foram nem um pouco seletivas. Os oligarcas condenados foram soltos de maneira ampla e abrangente”.
O procurador se refere à decisão do STF de novembro pela qual a execução de penas só deve ocorrer após o trânsito em julgado.
Reclamação
Em dezembro, o corregedor do CNMP Rinaldo Reis Lima arquivou seis reclamações disciplinares contra Dallagnol – de um total de 23 –, entre elas as que apontavam que o procurador violou prerrogativas de sua função ao liderar investigações não oficiais sobre ministros do Supremo.